sábado, 19 de novembro de 2011

Que Beleza!

QUE BELEZA É SENTIR A NATUREZA,
TER CERTEZA PARA ONDE VAI E DE ONDE VEM.
QUE BELEZA É VIR DA PUREZA, 
E SEM MEDO DISTINGUIR O MAL E O BEM.

sábio Tim Maia.

 Confesso que depois desses olhares que troquei com esses seres, senti-me feliz. O ser humano ainda que tenha esse complexo de superioridade, é mais um animal dessa natureza, que mesmo mal tratada, é feliz.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Somos animais

Somos animais dotados de racionalidade
mas ainda somos animais.

Pensamos, conjecturamos, indagamos,
mas ainda somos animais.

Fazemos guerra, armada ou não,
dominamos, mal tratamos, 
mas ainda somos animais.

A eternidade para nós não existe, 
e não existe também a divinização.

O que existe é uma vida material,
com segundos, horas e dias contados.

Esta vida serve para uma única coisa: 
sabermos que não passamos de 
animais.

domingo, 9 de outubro de 2011

C U L T U R A

O reino vegetal produz alimento para os demais seres vivos. Ele usufrui da luz solar para o fabrico de seu próprio alimento e alimentando-se cresce, desenvolve-se e gera as suas sementes... as flores proporcionam a moldura da natureza, o alimento para os insetos; outros vegetais alimentam o reino animal.

Os animais produzem alimento para os seus, enquanto usufrui dos vegetais - seu alimento. O leite é um produto animal; a pele é um produto animal, sua carne também, e são usufruídas por um outro tipo de animal, que não produz nenhum alimento de si mesmo. Esse animal é o ser humano. 

O ser humano alimenta-se do vegetal, e também do animal (alguns preferem isentar-se de se alimentar do animal). Está no topo da cadeia alimentar por possuir algo que os demais animais não possuem. É pelo raciocínio que o ser humano acredita dominar o mundo, e ainda que quase ninguém dê importância hoje, é o raciocínio que produz o alimento para o próprio ser humano. 

No entanto este raciocínio não alimenta o corpo, mas sim o espírito humano - entenda-se espírito como a inteligência. É a CULTURA o alimento da inteligência, e este alimento, produto do raciocínio, parou de ser produzido em larga escala... é que agora o ser humano não deseja mais nutrir sua inteligência, somente o corpo. Restam alguns que precisam desse alimento, mas são poucos. Outros atrofiam a inteligência alimentando-se mal culturalmente - é a cultura industrializada, vendida em pacotinhos.

Se o ser humano não produzir mais Cultura, o seu único produto, o que será dele? 

domingo, 18 de setembro de 2011

Ditadura

Com o golpe militar, foi suspendida a Constituição de 1946. Só para salientar, esta última fora elaborada por pessoas de nível cultural notável, e considerada avançada para a época... já a constituição de 1967 - que, fora outorgada, diga-se de passagem - volta às origens medievais de opressão e truculência...

A Constituição de 1946 contava com juristas, sociólogos, historiadores e outros intelectuais, de Minas, Bahia, Pernambuco e  Maranhão - entre outros. Já a constituição de 1967, fora elaborada por militares, ou melhor, o poder EXECUTIVO, aquele que executava...

... e executou. Muita gente.

sábado, 17 de setembro de 2011

Acerca da gravidez

A mulher mudou completamente sua postura acerca da maternidade. Ter filhos é considerado, muitas vezes como um entrave à existência.

Entretanto, ao gestar um filho, aos poucos nasce a mãe que estava dentro. Ao mesmo tempo em que o corpo da mulher se adapta para acomodar o bebê, a sua vida também ganha espaço para ele. E digo "ganha", porque a mulher nada perde ao ser mãe, ainda que algumas mulheres pensem assim. A sua vida, ganha espaço, pois além de ser alguém, ela cuida de outro. Ela não deixa de ser para ser para o outro. Isso é arcaico, é ser mãe ao contrário.
Seu filho, aos poucos, nasce dentro dela, como um amor incondicional. Mesmo naquelas que, no primeiro momento rejeitaram a ideia de ser mãe, o amor vem, naturalmente.

Alguns dirão que é instinto, fazendo sempre uma leitura cientificista da coisa, mas não é para eles que estou escrevendo isso. O que significa tudo isso não é explicável única e exclusivamente pela ciência. É única e exclusivamente subjetivo.

E claro, haverá aquelas em que nada do escrito acima importa... Aí é um problema intelectual, e não com a maternidade em si. Somente aquela mulher ignorante o suficiente permanecerá obtusa desta maneira diante da maternidade. Para existir uma mãe de verdade, precisa haver na mulher a capacidade de abstração, de entendimento que não se encontra nos livros. Os livros são sim as portas para isso, mas essa capacidade é da mulher, enquanto ser pensante. Caso contrário, a maternidade torna-se um fardo mesmo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O drama do artista

Nasce como um relâmpago,
sente todo o turbilhão de emoções
que para os comuns são chamados sentimentos...

Vive correndo, com pressa
do tempo passar e ele ficar
no ar, como bolha de sabão.

E se explodir antes do tempo?

O mundo não o compreende,
e tenta Ser, no meio de tantos
que creem que somente o ser basta.

Morre com pressa, precoce,
deixando o povo boquiaberto de repente...
E mesmo assim, não o compreendem...

Assiste desiludido o que tentou fazer,
passar, falar
e nada do que venham fazer traduzirá o que sentiu...

É triste ser artista.
Ser artista é viver na incompreensão.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seguindo em frente - sem machismo

Quero destinar essa postagem àquelas mulheres que se sentem subjugadas aos seus respectivos "machos", e que são tratadas como objetos por parte desses machistas descerebrados.

Você mulher, não precisa mais disso... olhe para você e saiba que muitas mulheres foram abafadas por causa desse machismo incorrigível que está incrustado na sociedade.

Muitas pensadoras, intelectuais foram menosprezadas e levadas ao ostracismo por causa desse monopólio peniano, que ainda esses seres se acham no direito de exercer.

Creio que quase todas as mulheres, inocentemente, tenham sido lesadas por um desses indivíduos, que pensam que somos coisas...
... não digo isso como um manifesto anti-homem, mas sim anti-machismo, até porque existem mulheres machistas, que exibem esse falso troféu com orgulho, o que é assustador. Esse machismo alimenta o falso direito que esses "caras" acham que tem de poder bater em suas esposas. E digo isso com propriedade de quem sofreu, recentemente, agressão por parte de seu ex-cônjuge, que para mim, além de ex-cônjuge, é também considerado ex-ser humano.

Não se submetam a essa cultura coisificante, que está sendo consumida com força por boa parte da população. Se você ler com atenção as letras dessas pseudo-musicas, entenderá que o recado é simples, direto e mascarado por batidas medíocres, rítmo dançante de péssima qualidade, que mascara a mensagem vulgar por ser bem aceita nessas festinhas...

... isso me envergonha, pois sei que a maioria das pessoas que ouvem isso são do sexo feminino...
"Ah se eu te pego, ah, ah se eu te pego..." - ouço das bocas infames de adolescentes mal informadas, que tratam esse tipo de música como hinos da mulher boa e desejada... só não sabem para somente o que são desejadas...

Tanto em relação ao dito acima, quanto à opressão sofrida em seus lares, relacionamentos, enfim, não deixem que isso subjugue mais ainda você, mulher.

Abraço.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nova era

A mulher passa por várias etapas em sua vida, e em todas elas descobre coisas novas. Não são descobertas que somente passam por ela, mas que traçam na vida feminina marcas irredutíveis. E a mulher precisa aprender a viver com essas marcas. Desde a descoberta de sua sexualidade, até a fase mais madura, estamos envolvidas por emoções que não importa por qual motivo biológico é realizado; elas existem e tornam a mulher esse ser uno.

A gravidez é algo que transforma a sua existência. Ela não é somente uma mulher, ela é agora, mãe - efetivamente, pois pessoalmente creio que instinto materno possuem todas as mulheres, mesmo que não sejam mães... ainda que possa ir de encontro a algumas opiniões. Para toda a vida carregará consigo essa marca, e essa experiência introduz características que antes não possuía em sua personalidade - deixo de lado as mudanças físicas que para mim não devem ser tratadas com tanto apreço. O ser que carrega adapta-se perfeitamente ao seu corpo, e este ser comunica-se com ela desde a concepção - o que não trata-se de superstição. Pode ser para aqueles que não passaram por isso.

Escrevi isso com o intuito de colocar um pouco para fora o que estou sentindo, grávida de 19 semanas e 1 dia. Sou uma mãe que não optou, mas que por força das circunstâncias espera seu bebê sozinha; produção independente.

- Ah, você é "mãe solteira"... dizem os mais ignorantes. Infelizmente para estes a concepção machista da mulher ainda persiste em seus mundinhos obtusos. Será que o fato de ser solteira denigre a maternidade? Ou o fato de ser mãe denigre o estado civil? Isso não me importa saber, ainda que indague.

Se me perguntarem como me sinto hoje, posso dizer duas palavras: "Muito bem". Em todos os aspectos, sinto-me bem. E a pergunta: "É fácil ser mãe?", tem uma resposta objetiva: Não. Não é fácil, mas isso não importa mais. Agora o que importa é o verbo na primeira pessoa do singular: Eu sou. Só isso.

sábado, 30 de julho de 2011

Dormindo com o Inimigo

- Oi, tudo bem?
- Tudo. E você?
- Vou bem.

... e vocês tornam-se amigos.

... e ele a faz sentir-se única. Ele se apaixona por você.

E a ilude com palavras belas, e a faz sentir-se mágna, e a faz sentir-se plena.

Até que consegue o que tanto queria, que seria você plena, toda.

E você descobre que ele precisa de ajuda,

E você descobre que ele é uma ameaça.

E ele a agride,

física,

moral,

sentimental,

verbalmente.

O que sobra?

Um bebê.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Indagações para a Vida

Vida 

Totalmente insana, desvairada e louca

Vida

Será que ainda estamos vivendo? 

A vida? 

Ou levando?

Ou sendo levados pela vida?

Passamos por ela, ou ela é quem passa por nós?

A vida?

Que nos pega de jeito, e transforma os mais convictos naquilo que eram contra

Agora, a vida nos deu o troco.

A vida nos mostrou o seu rosto.

E agora, Vida?

O que fará por nós?

Por mim?

O que nos dará de novo?

Ou de velho?

O que nos fará ver?

O que nos convencerá ser?

O que será feito de nós?

O que poderemos fazer?

Tantas perguntas, e nenhuma resposta, Vida?

Qual é a sua? 

A sua é a nossa.

A nossa é ser sua.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

HIPOCRISIA, EU QUERO UMA PRA VIVER!

É galera, o que manda na sociedade é ser hipócrita. Quanto mais melhor. É preciso mentir, mentir sempre, fingir tudo o que puder, e mais um pouco.

Se você for contrariado quanto às suas opiniões, jamais exponha que o ficou e diga: "Sim, claro!" - é o primeiro passo para você ser o melhor hipócrita do ano!

Se no seu trabalho o seu "chefe" (ou alguém que pensa ser o seu chefe, mas que não é m... nenhuma) diz algo contra a sua posição, e não se importa com o seu lado, engula firme e diga: "Sim, claro" (e pelas costas você pode chingá-lo, porque é bem mais bonito).

Enfim, "sejas hipócrita e serás salvo", este é o maior mandamento da boa convivência social...

... ou mande toda essa merda pra puta que pariu, e seja você mesmo: sincero, mal educado, grosso, chato, indelicado, boca-suja, e todos os outros adjetivos que essa massa sem cérebro inventou para denigrir aqueles que usam ainda esse negócio de "sinceridade".

-" Maria, você viu isso? Que pessoa grosseira... Quantas palavras de baixo calão!

- É. Linguajar "chulo"... credo. Nosso filho não pode ouvir isso jamais! - e o Zequinha grita, lá do quarto, jogando na internet:

- Ô Filho da puta! Vai tomar no cú essa porra de jogo do caralho!

- É José, ainda bem que nosso filho é bem educado..."

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Universo: A Humanidade em Desespero

Olhamos para os lados e vemos o que o ser humano criou: carros, casas - agora apartamentos, como prateleiras de humanos já que o espaço está escasso - poluição devido a criação dos carros, das casas e dos apartamentos. Enfim, se realmente refletirmos, colocarmos a mão metafísica na consciência, veremos que o ser humano está em desespero.

Desespero com o destino do mundo, que ele está inserido; com sua existência, que mal sabe como e porquê está inserido no mundo, e ainda não encontrou uma resposta que satisfaça suas indagações. Para iludir-se então o ser humano criou mais coisas, mas com o intuito de alienar-se de sua existência, pois já que não pode desvendá-la - e nem consegue conviver com essa impossibilidade - então que ela fique envolta em uma bruma, onde ele não a pode enxergar com freqüência. São os paliativos como moda, televisão, indústria cultural, que desnorteiam a existência, que cegam o sujeito de sua realidade, que maqueiam a realidade com flores, perfumes, palavras de amor, moralismos falidos.

Assim, o desespero toma conta do ser humano, como o mal do derradeiro século.

- Derradeiro? O mundo vai acabar? Em 2012?????? - seria a pergunta imediata que um ser humano faria após ler esta última frase. Se o mundo acabará amanhã, ou depois, ou em 2012, não posso saber, pois também faço parte do clube limitado da humanidade.

Entretanto, refletindo novamente creio que cada um de nós sabe que se há um fim na existência deste mundo, a causa é o próprio ser humano. Sujeito cognoscente, egoísta por natureza e sempre egoísta, que passa por cima de tudo e todos para satisfazer o seu eu, até passa por cima da natureza, dos animais. Acredito que todos nós sabemos que o fim chegará não como castigo dos deuses, ou de Deus, ou de qualquer coisa externa ao próprio sujeito - ser humano.

O fim chegará, pois nós mesmos buscamos por isso, com nossa essência destruidora.


Universo: A Humanidade em Desespero é o tema da exposição que será realizada do dia 1º ao dia 12 de março, na Biblioteca Municipal de Londrina, onde serão expostos dez imagens que dialogarão com essa temática descrita acima. A artista autora de tais imagens - se bem que nem sei se posso realmente utilizar esta alcunha de artista, mas como não sabia definir de outra forma, vai artista mesmo - é Camila Berehulka (que usa o pseudônimo de Brennah Enolah neste blog).

É com prazer que anuncio aqui este pequeno evento, e é com maior prazer ainda que digo aqui que este pequeno evento é aquilo que está colorindo minha vida - literalmente!

Para aqueles que visitam o blog e moram em Londrina, compareçam. Para aqueles que visitam o blog mas que não moram em Londrina, aguardem as imagens digitalizadas...

Abraços!

domingo, 30 de janeiro de 2011

AINDA QUE EU SEJA MORTA, INCONFORMADA SEREI!

Londrina, pequena Londres... que patifaria completa. Preocupados com o visual da cidade, esquecem do que realmente importa.
Postos de saúde lotados de doentes e vazio de médicos. Porquê? 
Deve ser porque o prefeito - que como prefeito é um excelente apresentador de programa de fundo de cadeia - esqueceu desse detalhe. Ainda que ele e sua abastada família não precisem dos serviços da saúde pública, o povo que votou para elegê-lo precisa e muito, mas permanecem doentes nas filas dos postos de saúde que com muita dificuldade tentam atender a todos. 

E assim estamos vivendo. Aquele que pode mais esquece dos que trabalham para ele, dos que votaram nele e dos que pagam impostos - e diga-se de passagem o Brasil é o país com a maior taxa tributária do mundo - e o que mais revolta é que aqueles que pagam os impostos esquecem também que podem reivindicar seus direitos, e vivem com a passividade de monges franciscanos. 

O comodismo como a arma mais usada pelo povo para permanecer vivo e pseudo-feliz. O conformismo como a solução dos problemas... "de nada adianta reclamar, isso não mudará". E assim caminha a humanidade, diante de todas as sua mazelas e insuficiências está o povo com um sorriso banguela em frente a TV, assistindo Big Brother.

Por isso digo - e se pudesse gravaria meu grito e deixaria tocando neste post - que inconformada sempre serei e receito isso a todos, pois somente o conformismo alimenta a negligência no país, na cidade em que mora, no mundo.