terça-feira, 25 de março de 2008

Declarações de um devaneio; conclusões de um despertar


Eu adoro o narcisismo.
Olhar para minha face
Descorada, acabada,
Contemplando minha decadência.


Eu adoro a fantasia,
Adoro o sonho.
A realidade castiga minha alma,
Assim como eu também a castigo.

Eu adoro a mediocridade,
De sentir por um momento ser superior.
Adoro as pessoas
E a necessidade de se distanciarem

Eventualmente adoro a mim mesma
De uma maneira egoísta.
Adoro a solidão, o vazio existencial.
O quarto escuro da minha alma.

Ao acordar de meus devaneios
Sinto meu coração apertado,
Com meus sentimentos esmagados,
De uma coração que sofre sem razão.

Minhas divagações são meu alento,
Minha fuga desse mundo indolente.
A realidade é minha carrasca,
Recordando que vivo nesse mundo torpe e doente.

Brennah Enolah