terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nova era

A mulher passa por várias etapas em sua vida, e em todas elas descobre coisas novas. Não são descobertas que somente passam por ela, mas que traçam na vida feminina marcas irredutíveis. E a mulher precisa aprender a viver com essas marcas. Desde a descoberta de sua sexualidade, até a fase mais madura, estamos envolvidas por emoções que não importa por qual motivo biológico é realizado; elas existem e tornam a mulher esse ser uno.

A gravidez é algo que transforma a sua existência. Ela não é somente uma mulher, ela é agora, mãe - efetivamente, pois pessoalmente creio que instinto materno possuem todas as mulheres, mesmo que não sejam mães... ainda que possa ir de encontro a algumas opiniões. Para toda a vida carregará consigo essa marca, e essa experiência introduz características que antes não possuía em sua personalidade - deixo de lado as mudanças físicas que para mim não devem ser tratadas com tanto apreço. O ser que carrega adapta-se perfeitamente ao seu corpo, e este ser comunica-se com ela desde a concepção - o que não trata-se de superstição. Pode ser para aqueles que não passaram por isso.

Escrevi isso com o intuito de colocar um pouco para fora o que estou sentindo, grávida de 19 semanas e 1 dia. Sou uma mãe que não optou, mas que por força das circunstâncias espera seu bebê sozinha; produção independente.

- Ah, você é "mãe solteira"... dizem os mais ignorantes. Infelizmente para estes a concepção machista da mulher ainda persiste em seus mundinhos obtusos. Será que o fato de ser solteira denigre a maternidade? Ou o fato de ser mãe denigre o estado civil? Isso não me importa saber, ainda que indague.

Se me perguntarem como me sinto hoje, posso dizer duas palavras: "Muito bem". Em todos os aspectos, sinto-me bem. E a pergunta: "É fácil ser mãe?", tem uma resposta objetiva: Não. Não é fácil, mas isso não importa mais. Agora o que importa é o verbo na primeira pessoa do singular: Eu sou. Só isso.