sábado, 17 de setembro de 2011

Acerca da gravidez

A mulher mudou completamente sua postura acerca da maternidade. Ter filhos é considerado, muitas vezes como um entrave à existência.

Entretanto, ao gestar um filho, aos poucos nasce a mãe que estava dentro. Ao mesmo tempo em que o corpo da mulher se adapta para acomodar o bebê, a sua vida também ganha espaço para ele. E digo "ganha", porque a mulher nada perde ao ser mãe, ainda que algumas mulheres pensem assim. A sua vida, ganha espaço, pois além de ser alguém, ela cuida de outro. Ela não deixa de ser para ser para o outro. Isso é arcaico, é ser mãe ao contrário.
Seu filho, aos poucos, nasce dentro dela, como um amor incondicional. Mesmo naquelas que, no primeiro momento rejeitaram a ideia de ser mãe, o amor vem, naturalmente.

Alguns dirão que é instinto, fazendo sempre uma leitura cientificista da coisa, mas não é para eles que estou escrevendo isso. O que significa tudo isso não é explicável única e exclusivamente pela ciência. É única e exclusivamente subjetivo.

E claro, haverá aquelas em que nada do escrito acima importa... Aí é um problema intelectual, e não com a maternidade em si. Somente aquela mulher ignorante o suficiente permanecerá obtusa desta maneira diante da maternidade. Para existir uma mãe de verdade, precisa haver na mulher a capacidade de abstração, de entendimento que não se encontra nos livros. Os livros são sim as portas para isso, mas essa capacidade é da mulher, enquanto ser pensante. Caso contrário, a maternidade torna-se um fardo mesmo.