domingo, 26 de setembro de 2010

Manifesto Egoísta

Que o resto da humanidade morra, mas que EU continue vivo.
Que o resto da humanidade passe fome, mas que EU consiga me alimentar.
Que o resto da humanidade se entristeça, mas que EU fique alegre.

Dito isto, está escrito o manifesto que visa o bem-estar de somente uma pessoa.

sábado, 4 de setembro de 2010

Hanimais Espalhados Pela Casa e Blues: Péssima Combinação

 Tanânanâ, tchâramraram, tanâ, tanâ (era mais ou menos isso que os orangotangos sabiam fazer, e detalhe, sempre e constantemente em lá maior. Pensem como foi erudito).

 No início tudo correu bem, pessoas conversando, música boa. Logo depois - e não sei quando exatamente - o ambiente foi impregnado com um cheiro de estrume: eram os hanimais que acabavam de chegar. De repente o que era uma sala de estar transformou-se num chiqueiro, e bestas se arrastavam de um lado para o outro, rugiam e se mostravam em pleno estado de hanimalidade.

 E o tanânanâ comia solto no curral - imagine blues feito por bestas, em lá maior? Pois é, foi isso o tempo todo, sem intervalos, o que deixaria Mozart estupefato - e acredito que até Tiririca ficaria estupefato com tamanha estupidez musical. O pior é que todo mundo estava gostando... confuso, não?

 O ápice da escrotice é quando você descobre que sua sala realmente é um chiqueiro, e que você não pode fazer nada, e tudo isso ao incansável som do quinteto Lá maior: tanânanâ, tchâramraram.

 No dia seguinte restam somente três coisas: a ressaca, pois só bebendo para conseguir suportar toda a palhaçada hanimal; a sujeira, pois hanimais que se presam transformam aquilo que antes era um lar em nada menos que um chiqueiro (e não se poupa nem uma privada inocente) e o ódio: ódio por não ter sido sincera e firme o suficiente para tocar o rebanho de bestas descerebradas porta a fora. 

 Da próxima, somente seres humanos e Blues de verdade... estou enjoada de cheiro de estrume.


 *Hanimal, hanimalidade: se chamasse de animal ofenderia os pobres bichinhos que não tem culpa de nada... então, decidi criar um termo que definisse a condição insana e ridícula do ser humano, sem recorrer ao título de animais.


sábado, 28 de agosto de 2010

O Estranho com um cachorro

Já era noite, mas não me lembro exatamente do horário -  a lua já estava plena no céu.

Olho para baixo, um rapaz com um cãozinho branco simpático. Ele olha para mim. Eu desço. E o cheiro é o que interessava aquele estranho, o meu cheiro.

E tão estranho foi o encontro, tão rápido e desajeitado, que conseguiu me retirar de minha morbidez sentimental. Esse estranho conseguiu derreter um pouco o gelo que se formou dentro de mim.

sábado, 31 de julho de 2010

QUEM ME DERA SER UM CACHORRO

Quem me dera ser um peixe... melhor, quem me dera ser um cachorro. Estaria agora deitada à sombra de uma árvore, e quando quisesse sairia correndo, abanando o rabo de felicidade, sem qualquer preocupação humana, vivendo simplesmente.

Uma roda de carro seria uma diversão sem igual - sair correndo e latindo atrás do automóvel, não ligando para essas convenções humanas - pois a felicidade para nós é algo complicado. O ser humano complica a felicidade e não a compreende em sua plenitude.

É uma pena chegar ao fim desse devaneio sabendo que mesmo que quisesse não poderia nunca ser um cachorro, e nunca poder compreender o mundo como esse animal. Acredito que o mundo para um cão é cheio de oportunidades de ser feliz, ou pelo menos de estar satisfeito. O ser humano nunca está satisfeito, e mesmo quando sente uma satisfação, é breve e mal aproveitada.

Quem me dera ser um cão... seria mais feliz.

terça-feira, 27 de julho de 2010

BRASIL: O PAÍS DO FUTEBOL, DA DESIGUALDADE E DA POBREZA!

Um dia desses, assistindo a um telejornal qualquer, vejo uma reportagem que me indignou: Milhares de agricultores do nordeste tiveram perca de 90 % de suas safras devido a seca. O governo possui o Seguro Safra, que visa acudir os agricultores nordestinos nos períodos de seca. Entretanto, neste ano esse seguro não foi pago a estes desafortunados.

E depois desta matéria tão indignante, veio a Copa do Mundo de 2014. Os estádios brasileiros serão REFORMADOS, bem como haverá a CONSTRUÇÃO de novos estádios, com dinheiro dos patrocinadores - também com o dinheiro público, é claro!

Dito isto, formulo a seguinte questão: Porque não pagam o seguro para os agricultores que perderam toda a safra e precisam dele para não passarem mais necessidade? Enquanto a Copa é o assunto do momento, e mais e mais brasileiro IGNORANTES se excitam diante deste ESPETÁCULO DO FUTEBOL, os agricultores do nordeste estão esperando o seguro que não foi pago AINDA.

É meus queridos leitores, o Brasil além de país do futebol é também o país da fome, da seca. É o país da desigualdade. "O Brasil é o país do futebol, da desigualdade e da pobreza!" - bonito, não?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PALAVRAS DE INCENTIVO A MIM MESMA E UMA CRÍTICA AOS PROFISSIONAIS IRRESPONSÁVEIS

Se seu curso é constituído de profissionais ignorantes e neuróticos, que usam critérios estranhíssimos de avaliação e não dão orientação alguma a você acadêmico, não se desespere!

Caso você acredite, pode rezar para Deus lançar um cometa em cima do departamento do seu curso, num horário bem movimentado, e pedir que as almas desses infelizes vão direto para o inferno, sem escalas no purgatório.

Agora se você é ateu e não acredita nesses dogmas acima, aguente firme; os anos passam, e um dia você poderá fazer diferente deles: Ser um profissional de verdade, competente e que não prejudica seus alunos por amor-próprio.

E não use a lei que todos os que trabalham no funcionalismo público usam: A LEI DO MENOR ESFORÇO.

sábado, 10 de julho de 2010

O ser humano e sua luta para atingir o bem

 É possível somente pensar o bem justamente porque ele é algo do qual o ser humano não tem conhecimento. Ele não pode produzir uma representação daquilo que é pensado ser o bem; não encontra em seu mundo e até mesmo em sua própria constituição subjetiva, nada que possa produzir algo bom sem limitações, ou seja, sem nada que possa restringir o seu valor.

 Até sua própria condição humana, de animal racional que possui vontade e delibera de acordo com as determinações dessa vontade, reduz a possibilidade deste bem tornar-se um fato em seu mundo por meio de suas ações. Ademais, o bem é tão inatingível para o ser humano, que muito se escreve sobre o que é esse bem - e alguns dos seres humanos que investiga esse conceito etéreo, chega a fundamenta-lo de forma esplêndida, tamanha é a sede de atingi-lo.

 Porque o ser humano não discute acerca do mal? Porque não poderia existir um conceito como o mal supremo, e dele ser escritos compêndios, tratados, a fim de fundamentar sua existência e valor na natureza humana?

 Não seria nada produtivo a qualquer teoria filósofica adotar o mal supremo como conceito de interesse abstrato, porque este sim o ser humano tem conhecimento e pode produzi-lo. O que é mal, ou que é de alguma forma prejudicial e causa de horror é facilmente reproduzido no mundo por meio da ação humana. Os registros da história contém inúmeras reproduções do mal, e a criatividade humana neste quesito se mostra surpreendente - basta que se pesquisem as torturas da Inquisição.

 Pensar sobre o bem é completamente possível, pois é um meio de consolidar a representação deste conceito abstratamente, e por isso se encontram conceitos plausíveis de bem, construídos com destreza argumentativa típica de ser humano que pensa, e que pode construir pensando aquilo que não possui concretamente.

domingo, 4 de julho de 2010

Aquilo que perdi...

 Sou uma pessoa que, seja por constituição de personalidade ou por ironia do destino, possui uma grande facilidade em perder quaisquer objetos, de todos os tamanhos e formas. Isso para mim não é causa de preocupações, uma vez que não sou ligada a bens materiais - e a maioria deles logo adquiri novamente. Entretanto, existe algo que perdi há algum tempo, e que não sei o que é. A única coisa que levo desta perda é o vazio que ela proporciona, e que durante algum tempo tentei preenche-lo, em vão. Todos os dias acordo com a mesma sensação, de uma perda que não foi reparada, de algo que perdi e que ando procurando incessantemente, sem êxito na busca.

 Se era um livro, uma roupa? Não, isso não era... Se isso fosse, estaria mais feliz em saber que é de fácil empreita encontrar tais itens, a fim de preencher a perda deles. Infelizmente não é objeto simples de encontrar em lojas - aliás, se quer sei se isso o dinheiro poderá comprar. Ademais, as coisas a que ele pode alcançar são demasiado fúteis no mais das vezes... e isso garanto, não pode nem ser comprado, e muito menos é algo fútil.

 - Mas se o vil metal não pode, por seus meios, comprar aquilo que perdeu então o que será essa perda? De que perda falas, ó mulher infiel? - poderia um leitor hipotético, dirigir-se a mim desta forma, com impaciência de quem pensa ser isso frivolidades de mulher. Novamente é infeliz a idéia de não poder sanar a tua dúvida, leitor hipotético, mas fique mais feliz por não estar na pele daquele que não sabe onde, e se quer sabe se poderá algum dia encontrar aquilo que perdeu - e do vazio não poder saber a causa.

domingo, 27 de junho de 2010

Para a eliminação dos vermes

 Quero a eliminação de todos os vermes cerebrais, que habitam certas mentes e as corrompem com suas idéias vãs e sem propósito, com seu falso moralismo e preconceitos ridículos. Quero a eliminação dos vermes, que habitam os corações e os corrompem com seus sentimentos baixos e medíocres.

 Que vermes seriam esses? - tu poderias me perguntar isso, leitor amigo. Eu posso responder, entretanto estes vermes não possuem nomes específicos, não estão situados em lugar preciso e nem necessitam de morada fixa. Sua gênese não está na natureza, muito menos em qualquer animal dela.

 Mas então que vermes são esses? Eles existem?

 Calma leitor, ainda que minhas respostas não satisfaçam as suas perguntas, esta questão não precisa de esforço para ser resolvida. Quer saber quem são os vermes de que falo, onde eles habitam e de onde nascem? Pois sugiro que um dia saia de casa, vá para as ruas caminhar e olhe ao seu redor: O que você vê?

Estes sãos os vermes.

domingo, 13 de junho de 2010

Deus Part. II

Eu sabia que essa historia de mexer com Deus seria complicado... Mas não me renuncio às minhas críticas ao “cara lá de cima”, e dessa forma procedo com o assunto do meu último post, onde discutirei algumas dificuldades expostas em comentário por Jasi (gostaria de saber o que é iasium).

Gostaria antes, de colocar que não sou, de forma alguma, uma pessoa cientificista. Não, muito pelo contrário. A minha única crítica é acerca da submissão de uma grande maioria à religião. Não que queira queimar todas as bíblias e sair chicoteando uma réplica de J.C na avenida principal de minha cidade – seria morta com certeza se fizesse isso – mas que infelizmente não concordo com essa visão mitológica da existência, que se justifica por Deus somente. Tenho de concordar com Jasi quando coloca que para aqueles menos esclarecidos, a religião é o que os norteia em suas vidas e dá sentido à elas, porém chamo isso de alienação pura.

Em minha humilde opinião, Deus não justifica nada, uma vez que se quer ele mesmo pode se justificar. Se a ciência é um dogma, não concordo com isso. Estamos no ápice da evolução cientifica, justamente para não mais nos apoiarmos em dogmas; a própria definição de ciência não cabe a palavra dogma. Se confio cegamente na ciência a ponto de transformá-la em dogma? Não, mas não me submeto a crer que Deus criou o mundo todo, por simples vontade dele. Religião é uma coisa, e aquilo que realmente ocorreu, é outra.

Tudo bem que nunca saberemos como o universo realmente nasceu. Mas para mim mais plausível é optar pela explicação cientifica do que a mitológica. Esse comodismo que a fé prega é o que mata os neurônios da humanidade, e é o que garante a alienação dessa maioria por muito tempo.

Karl Popper mesmo disse que o fato de uma teoria ser passível de ser refutada é o que a torna válida. Desta forma, a ciência é como o devir, que sempre flui, muda e se transforma com uma nova teoria, o que está de acordo com o caráter evolutivo de nossa espécie. O que não está de acordo é a visão estática da existência, onde sempre acreditaremos que Deus criou o mundo em sete dias, e Eva saiu da costela de Adão, e este ...



(Ah, e outra coisa: quem é o indivíduo que sempre está comentando e logo excluindo os seus comentários? Por favor, deixe-os!).

domingo, 6 de junho de 2010

Porque as pessoas acreditam em Deus?

"Deus criou o mundo em sete dias; o homem foi criado por Deus, e nasceu Adão, que é imagem e semelhança Dele; já a Eva nasceu das costelas de Adão"... E assim se explica tudo.

Porque será que as pessoas, a maioria delas pelo menos, acredita nesta história da carochinha?

A mitologia ainda ocupa um lugar fixo na mente dos menos esclarecidos, ou daqueles cujo raciocínio não alcançou autonomia suficiente para entender que Deus é uma invenção exclusivamente humana, que saiu da cabeça do homem, fruto de pura fantasia e imaginação. Posso afirmar isso, e sem pretensão alguma, pois o ser humano, ao se dar conta de sua existência e da existência do mundo todo, não encontrou respostas para justificar toda a existência - tanto de si quanto do mundo - uma vez que estas respostas não estavam ao seu alcance. A mitologia grega, por exemplo, é uma forma de dar uma explicação para os fenômenos naturais, bem como para o destino dos homens. Assim também é a idéia de Deus, um ser perfeito que tudo pode fazer, e tanto tudo pode fazer que fez o mundo, os animais e os seres humanos, por simples vontade dele. Ok, mas quando isso? De uma hora para outra?

Ainda que esse paradigma criacionista tenha vigorado com soberania por tantos anos, temos hoje por meio da ciência, algumas respostas que são satisfatórias. O Big-Bang é uma explosão, que mesmo que todos discordem e achem isso estapafúrdio, é mais aceitável do que "Deus criou o mundo em setes dias".

Caro leitor, sei que você pode achar esse post um tanto pretencioso, e até sentir sua religiosidade ofendida. Peço desculpas caso isso tenha ocorrido. Fique então com o seu Deus, e eu fico com Darwin.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vendendo os Mestres!

Acredito que serei censurada... acabo de vender o mestre Aristóteles no sebo. Confesso que senti um aperto no peito, em vê-lo lá, neste frio, no balcão do sebo.
- Como pôdes fazer isso comigo, filha desnaturada? - disse o mestre, com voz embargada de quem se sente trocado pelo brilho ilusório de uma note de dez reais. Ainda mais hoje, um dia frio de uma segunda-feira, e o tio Aristóteles, sem cobertor, desamparado... 
Tive um ímpeto de abraçá-lo, e sair correndo, levando-o novamente para o conforto de minha prateleira, junto com Swift, Hemingway, Kundera e o sempre Casmurro, Machado. Mas o "capetalismo", infiel, frio e calculista não perdoa os mestres. 

- Oh Mestre dos Mestres, Aristóteles! Perdoe-me por essa heresia de minha parte, mas não poderei com sua Ética pagar a passagem do ônibus... Desculpe-me e adeus! - as lágrimas não tardaram em sair de meus olhos, mas não pude nada fazer a não ser engoli-las e ir embora, com o peito apertado. 

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eu Acredito no Vazio

Eu acredito no vazio. Isso poderia soar como algo completamente irrelevante, porém duvido se você, meu querido e estimado leitor, nunca se deparou com o vazio ao se colocar diante de uma folha em branco do seu Word – quando nada vem à cabeça para que esta folha em branco deixe de sê-la.
Isto me ocorreu agora, pois que estou escrevendo justamente sobre aquilo que me impossibilitou de escrever qualquer coisa. Se Descartes estivesse aqui comigo, diria que este vazio é impossível. Se “penso, logo existo”, não poderia existir mediante este vazio mental que acabou de me ocorrer. Ou então, a cada intervalo de pensamentos e vazios acerca de alguma coisa, poderia desaparecer e surgir novamente, como um pisca-pisca.
Entretanto, o vazio é algo totalmente improdutivo... estou aqui, sem idéia nenhuma para atualizar meu querido e estimado blog, e então decido escrever sobre a própria ausência de idéias. Acabo então, ao final deste magro texto, chegando a conclusão nenhuma, assim como o tema desta breve narrativa.

(Depois disso tudo, acredito no vazio ainda mais!).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Da Origem das Idéias

"O pensamento mais vivo é sempre inferior à sensação mais embaçada".

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O vazio, o sentido, a morte.

Nós estamos acostumados a negar o vazio. Às vezes nem nos damos conta do vazio, passamos por ele, ou estamos com ele e não o enchergamos. Estamos envolvidos por uma camada de ilusão, que não deixa enchergar o vazio cosntantemente. Há pessoas que simplesmente ignoram o vazio por acreditarem tão piamente nesta camada ilusória que se chama cotidiano.
O vazio é aquele oco que se encontra conosco e nos abraça, nos aperta e nos enche de nada. O nada não existe? Sim, pode ser que não exista fisicamente, porém todos sabem quando o nada se instala em sua vida. O nada é expressivo, o vazio é pleno de algo que não se sabe explicar; é o que desmotiva o indivíduo na sua eterna luta rumo ao sentido disso tudo - se é que existe algum sentido. Quando o indivíduo se dá conta do vazio, ele simplesmente sente-se perdido, tudo o que antes tinha sentido passa a não ter. O que antes o motivava para continuar vivendo, agora perdeu todo o brilho, a importância. O nada é perigoso para a sobrevivência do indivíduo.
 A vida é um oceano sem norte. O sentido é a falsa sensação da existência de norte, ou será que o norte realmente existe? O sentido é a venda colocada nos olhos do indivíduo, para que ele não enchergue o mundo como ele realmente é, mas sempre com uma máscara de beleza, de fluidez. A morte chega quando o indivíduo, já sem as vendas do sentido, não suporta mais viver no vazio.

O vazio é perigoso.

domingo, 2 de maio de 2010

Eu queria ter um lança chamas...

Todos os dias eu agradeço a Zeus, Deus, Jesus, Obama, Satan, enfim, qualquer uma dessas figuras (ou nenhuma delas, dá na mesma) por não possuir porte de arma ou um lança chamas, pois se possuísse colocaria todas as torturas que elaboro a priori em prática.

Acabei de ler algo que fez minhas entranhas revirarem... e infelizmente não poderei usar meu lança chamas metafísico para queimar o autor das fezes verbais, em uma fogueira bem bonita, com muito fogo!!! Ou também não poderei, com um tiro certeiro, livrar o mundo todo desse energúmeno, que com certeza não teria sido colocado no mundo se sua progenitora tivesse um prospecto de como seria o seu adorado filho - até ela mesma gostaria de possuir um lança chamas.

Você, amigo leitor, pode achar que posso estar exagerando, sendo muito cruel, com muito ódio no coração mas não, estou somente explanando aqui minha indignação com uma pessoa determinada... não citarei nomes, evidentemente, mas que gostaria mesmo de ter um lança chamas, ah como gostaria!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

PÊNIS JÁ!

Pênis Já é para você que reivindica o troféu fálico do poder de tanto exercer o papel masculino: no setor amoroso, quando alguém tem que dar a cara a tapa, as mulheres estão fazendo este serviço que antes era uma prioridade masculina. E os homens, estão esperando na torre, com suas tranças de Rapunzel, o Príncipe Encantado para salvá-los e dar-lhes aquele beijo de conto de fada...

... que singelo!

Porntanto, reivindiquemos o Pênis, pois estamos aptas teóricamente para este papel masculino!

Pênis Já!

sábado, 24 de abril de 2010

Segura na mão do Véio!

Ribanceira abaixo define muito bem minha experiência etílica. Comecei a noite pegando na mão do Véio - o barreiro - pensando que ele não me abandonaria; doce ilusão. O Véio, ainda que companheiro, às vezes nos coloca em situações e estados de consciência que ultrapassam os limites humanos. É a primeira escorregada na banana e a ribanceira você já não desce mais andando; desce rolando, caindo, gaguejando, vomitando.

Sim, dormi de bêbada. Dormi um sono pesado de quem esgotou todas as forças e se quer consegui acordar com os chamados de meus amigos. Os amigos, inclusive, são indispensáveis nessas horas de descontrole – quando o Veio já soltou de sua mão há algum tempo, e ainda deu um empurrãozinho, só para sacanear.

Depois desse empurrão amigo, vem outro companheiro. Este recebe nomes variados, uma vez que depende da sonoridade com que cada um se identifica. Ele pode ser o Raul, Hugo, Juca, João, José, Jesus, enfim. Chamei todos eles e ainda uma galera.

Se eu lembro de tudo o que ocorreu ontem? Não. Mas o Veio, amigo do peito, veio me contando na viagem, por flashes, os ocorridos. Ele nunca conta tudo! O Veio não fará um resumo detalhado do percurso, contanto tim-tim por tim-tim. Sempre por partes, como relâmpagos, as reminiscências dão o ar de sua graça, e junto com elas o rosto sorridente do Veio. Nessa hora, confesso que tive um ímpeto de assassinar esse Veio pilantra!

Você, amigo leitor, deve estar se perguntando: “Qual a importância desta narrativa”? , ou ainda: “Tá, e daí”? Pode ser que isso realmente não venha lhe acrescentar nada erudito, fino ou intelectual – e caso tenha se sentido frustrado, vou lhe dar um conselho: Amigo, segura na mão do Veio!

terça-feira, 23 de março de 2010

Como é difícil!

Como é difícil viver! Se soubesse antes de embarcar no oceano da vida, todas as suas dificuldades e fardos, teria pulado no mar e morrido afogada.

Os tripulantes desta nau imensa - que é o mundo - são complicados. Existe uma conduta correta para agir com eles, existe uma linguagem específica, uma máscara. Mesmo que você não queira usá-la, eles o obrigam, pois é somente assim que podem conceber o mundo ao seu redor, as pessoas, os relacionamentos.

Você precisa ser agradável, sociável, amável, e mesmo que não consiga, você deve mesmo assim, a despeito de todos os sacrifícios, ser hipócrita. Você precisa ser correto, mesmo que esconda toda a sua sujeira debaixo do tapete da consciência. Você precisa ter dinheiro, pois só ele vale alguma coisa neste mundo.

Não seja verdadeiro. A verdade dói, e ninguém gosta de sofrer com a verdade; preferem as carícias doces da mentira ao tapa ardido, ao balde de água fria, ao soco no estômago.

Ainda continuo tripulante dessa nau maluca, cheia de excentricidades e estandartes. Farei diferente, não me jogarei no mar. Prefiro continuar à bordo para ver até onde vai, qual será o seu último porto. Ou se todos morrerão num naufrágio.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Essas palavras são pela MULHER.

A mulher sofreu durante toda a história do homem, a repressão e a humilhação por não carregar consigo o troféu fálico do poder: o pênis. Desde a infância, é ensinado à menina o pudor que ela deve ter com sua sexualidade, que na maioria das vezes é tratada como uma vergonha, ou algo que para ela simplesmente é amortecido, enquanto o menino é incentivado a cada vez mais cedo estimular e exibir sua virilidade.

No livro O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir aborda desde a mais tenra infância as diferenças que se estabelecem entre a criação do menino e da menina, quando em determinada fase da infância estes são devidamente definidos em gênero masculino e feminino.

A menina é aquela que permanece, quase para sempre, sob os olhos da mãe, sob sua repressão e sob suas imposições - ela não tem vontade própria, sua liberdade é condicionada ao coletivo, às tarefas domésticas que contrai. Há relatos no livro de Simone de meninas que, não tendo informação alguma acerca do sexo, de como é dado o nascimento de um bebê, trazem consigo marcas profundas. São as marcas psicológicas que as mulheres carregavam devido a uma situação de completa submissão e descaso.

Embora hoje a situação da mulher seja outra, e a diferença da situação feminia descrita no O Segundo Sexo seja nítida, ainda a mulher sofre com sua condição. Desde cedo a menina é tratada como um animalzinho engaiolado, que não tem o direito de ir e vir: a liberdade feminina é algo que não foi conquistado por muitas. O homem é livre, sempre foi e há uma grande disparidade se compararmos a nossa condição com a liberdade masculina.

O que a mulher quer não é tomar o poder e formar uma sociedade na qual todos os homens seriam escravizados, onde despejaríamos todo o nosso ódio e rancor em suas cabeças para sempre. NÃO QUEREMOS VINGANÇA, QUEREMOS IGUALDADE.

Conseguimos trabalho, porém ao chegar em casa a mulher enfrenta uma outra jornada, que é o trabalho doméstico que sempre foi considerado "coisa de mulher". Embora o homem reconheça a capacidade que a mulher tem de fazer tudo o que ele faz, infelizmente vive num mundo bipartido, onde nele existem as "coisas de homem" e as "coisas de mulher".

A lei já mudou, mas o que resiste é o comportamento do homem diante de nós, mulheres.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sim, é uma crítica!

Vemos que a cada dia cresce a demanda de professores de filosofia, no entanto nem todos aqueles que se dizem "filósofos" são dignos de serem assim chamados. Na maioria das vezes são picaretas, pessoas com mentes pobres e pequenas.

Quem é você, oh Filósofo, oh Sábio das Montanhas do Oriente, para dizer que mulher "só faz pergunta cretina"? Que tipo de "filósofo" é você que faz esse tipo de generalização? Que usa essa máxima completamente machista?

Sinto-me completamente enojada em saber que um bossal desses é um professor de filosofia. Realmente fico muito triste em constatar que passou num vestibular para filosofia, uma criatura com um espírito tão pobre. E fico mais indignada ainda em saber que isso ocorreu numa sala de aula de um curso de filosofia, e que essas idiotices foram ditas por um ser que, infelizmente, tenho que chamar de professor.

Com essa postura você irá longe, Sábio das Montanhas do Oriente. E espero que vá mesmo, para bem longe!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Resíduos



Andando pelo lago vejo um grupo de humanos se divertindo. Em bandos, afirmam sua existência com seus ruídos característicos, interferem na natureza jogando seus resíduos no gramado.
Olho para o lago e vejo duas garrafas de plástico boiando como barcos  à deriva. Mais tarde, vejo alguns humanos brincarem com as mesmas garrafas, como se fosse bolas, jogando para cima, rindo, gritando, vociferando como bestas alienadas. 

Ando mais um pouco, sento perto de uma barraquinha. Ao meu lado se encontrava mais um bando de humanos reunidos, agredindo a paisagem com sua instintiva necessidade de afirmarem sua virilidade, bebendo álcool e comendo cadáveres queimados numa churrasqueira improvisada. Ouviam uma pseudomúsica que falava somente sobre um mesmo assunto: o amor. 


Sim, eles acreditam que aquilo que eles conhecem seja mesmo esse tal de amor.

Saio de perto dos humanos, atravesso a rua e sento no gramado mais distante. Começo a pensar sobre a capacidade dos humanos de consumirem lixo cultural. Entendo o porquê após lembrar das duas garrafas boiando no lago. Uma era azul e a outra verde. Um colorido que nada ornamenta o local, mas que serve para entreter os humanos, que brincavam com o mesmo lixo que eles mesmo depositaram na água, com uma felicidade agressiva.

Definitivamente os humanos são resíduos de uma geração infeliz, que não satisfeitos produzem mais resíduos. E estes mesmos resíduos tornam-se lúdicos aos olhos dos pobres humanos.


- Olha, um jet ski! Que legal! - grita um dos humanos que antes se divertia com as garrafas plásticas.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Coincidências

 
 As coincidências são espantosas. Nos deparamos com elas e simplesmente nos espantamos perante a necessidade de serem singulares, firmes e etéreas.
São singulares, pois a chance de ocorrer novamente é mínima e caso não as registramos ficarão para sempre na memória, correndo o risco de tornarem-se mitos, estórias ou pura enganação.
São firmes, pois acontecem de uma maneira brusca, ridiculamente precisa e idiotamente impactante. 
São etéreas, fogem de nossas vistas como areia das mãos.

Não diria que todas as coincidências são boas, ou ruins. Na verdade não são nem boas, nem ruins. 
São coincidências.


sábado, 30 de janeiro de 2010

Plante uma flor

Plante uma flor, antes que seja tarde...

...para admirar.

Plante uma flor antes que seja tarde...

... para plantar.

Plante uma flor antes que seja tarde...

... para ver.

Plante uma flor antes que seja tarde...

...para florescer.