sábado, 31 de maio de 2008

PROTESTO!


Eu quero manifestar minha indignação. Somente isso porque não tenho nada a dizer. Manifestar minha indignação contra pessoas que não acrescentam nada a ninguém, nem mesmo a elas. Contra atitudes impensadas, contra ofensas sem propósito. Contra pessoas sem horizontes, sem cultura, sem perspectivas. Contra todas as atitudes que tornam a sociedade atrasada e ignorante.

Contra esse falso sentimento de nobreza, contra essa elite podre e sem moral que arrota elegância mas que por dentro é, na verdade, um monte de estrume. Quero dizer a todas essas pessoas que podem ter o que for, mas sempre serão ridículas, sem cultura, sem dignidade. O dinheiro que vocês têm compra tudo, até mesmo admiração de algumas pessoas, mas não compra caráter.

Quero protestar contra essa falsa religião, contra essa fé comprada e barata que alguns têm, que pensam que por estarem numa igreja no domingo à noite serão salvos do inferno - se ele existe. Protestar contra esse celibato que só dá vergonha à essa classe. Contra essa moral que já venceu há muito tempo, nas fogueiras, nas indulgências, nos interesses sempre subentendidos, seja nas
Cruzadas, seja nas cruzes de madeira que contém a água do Jordão. Dizer que nada adianta fazer, porque todos você velhinhos grisalhos e pedófilos já perderam a máscara da santidade.

E dizer ainda àquele que usa indevidamente o posto de padre, que seus dias como ladrão está acabando, e que realmente, se pudesse, cuspiria na sua cara de porco gordo e fedido. (Alguém saberá de quem estou falando).

Enfim, como não posso nada fazer, pelo menos posso escrever nesse blog empoeirado.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Família: Bom com eles, melhor sem eles.


Quando Jesus estava sendo crucificado, eu estava lá atirando pedras, é claro. Então, ele olhou para mim e disse: "Você me paga!", e estou pagando mesmo. Estou pagando com uma família maravilhosa! Com pessoas que respeitam os outros, que não incomodam de propósito, que são amigas, etc. Pessoas tão especiais que todos os dias, ao acordar, eu me pergunto: "O que foi que eu fiz para merecer"?

Fora atirar pedras em J.C, nada. Devo estar pagando pelos próximos pecados. Acho que deve ser um consórcio: você paga os pelos pecados antes de cometê-los. Enfim, sendo consórcio ou não, o fato é que família, pelo menos a minha, é algo complicadíssimo. Dificílimo de se conviver por muito tempo sem ter vontade de cometer um suicídio. Nesse tipo de relacionamento, a insatisfação é garantida.

Dormir? O que é isso? Desculpem, mas não me recordo desse palavra dormir, é de comer? O meu sono virou algo supérfluo, não há a mínima necessidade de se respeitar o meu sono - já o dos outros não respeita para ver o que acontece. Se todos acordam às seis horas, você também acorda; se um não dormiu bem, por que você tem que dormir? O meu pai ronca no quarto ao lado, minha mãe não consegue dormir, e conseqüentemente todos não dormem. Ao acordar ela faz questão de exprimir a sua raiva por não ter dormido, acordando o resto - no caso eu - pois o sono dela não foi bom! O que o meu sono tem a ver com isso?!

Minha irmã mais velha - que tenho a infelicidade de conviver sob o mesmo teto e dividir o mesmo quarto - é alguém que supera todas as expectativas quando se trata de uma pessoa indesejável. Quando a palavra respeito foi ensinada na escola, ela faltou. Aos nove meses seu cérebro ainda não foi totalmente formado, mas fazer o que, teve que sair. Ela pensa que, só porque ela é uma solteirona, frustrada profissionalmente, todos - eu disse todos - têm que pagar por isso. Esse animalzinho tem muitas peculiaridades que vocês nem imaginam! Quer levar para casa? Estou doando.

Eu disse dormir no parágrafo acima, não? Pois bem, se um dia eu adquirir uma lesão no meu sistema nervoso central, a culpa é da minha irmã. Dormir é algo completamente impossível quando se divide o mesmo quarto com esse bicho. Você dorme de teimosia, porque você acredita que vai conseguir. Deu seis horas da manhã, o animal desperta. Abre a porta do quarto com tanta delicadeza, que só um orangotango conseguiria reproduzir. E parece que, ao abrir os olhos a boca também abre, e durante as 16 horas em que fica acordada, não consegue parar de falar.

A convivência é forçada, você não tem escolha. Ou explode de tanta raiva e corre o risco de fazer papel de idiota, ou agüenta tudo com uma paciência que só os monges franciscanos adquirem - acorda, engole seu mal-humor e tenta pensar que um dia tudo isso acabará, que você sairá de casa e poderá viver em paz. E também você poderá usar tudo isso ao seu favor, acordando P da vida, indo direto para o computador para desabafar a sua raiva escrevendo em seu blog.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Voto facultativo: Uma alternativa para alertar a população sobre a importância do voto.


Eleição é um tema que povoa a cabeça de várias pessoas nessa época. Existe a dúvida sobre em quem votar, e até mesmo a dúvida em se votar. E todo o assunto acaba ficando insignificante, pois a população só leva em conta a obrigação do voto. Se o voto fosse facultativo, a sensação de obrigação acabaria e teríamos eleitores conscientes votando e decidindo o nosso futuro.

As campanhas eleitorais não foram criadas para que sirva de comédia no horário do jantar. Estão ali apresentados os futuros deputados, senadores, prefeitos, vereadores, enfim, os governantes. Se reclamamos da situação de agora é porque não soubemos escolher. A culpa do caos político que estamos vivendo, não só hoje, mas durante anos, é dos eleitores mal informados, que não pesquisaram a vida do candidato, que não procuraram saber o que ele fez ou deixou de fazer, para que assim fosse feito uma seleção sobre em quem votar. A importância do voto foi banalizada, e a prova disso é forma que o povo encara o processo.

Se as eleições fossem facultativas, tudo seria diferente. Somente pessoas devidamente preparadas votariam, assim não colocando na urna um voto inconsciente, que depois trará sérias conseqüências. Obrigando a população a votar é como se tudo perdesse o sentido, e fosse encarado como algo sem importância, pois toda a importância está na obrigação. A consciência sobre a cidadania deixa de existir. Somente o fato de ser obrigatório deixa a população acomodada.

Facultativo ou não, o voto é algo muito importante. Decidimos com um simples apertar de botões o destino de nosso país durante quatro anos. Porém, precisamos de eleitores preparados, que levem em consideração todo o processo e tenha em mente o seu candidato escolhido devidamente. Portanto, o voto facultativo seria uma boa alternativa para que possamos mudar a concepção de cidadania da população, deixando de ver o ato de votar como uma simples obrigação.

sábado, 17 de maio de 2008

Até onde vai a estupidez humana? Parte II


Alguém encontrou a palavra "créu" no dicionário? Pois bem, nem eu. E partindo do princípio de que todas as palavras existentes e com sentido definido constam no dicionário, se "créu" não consta, não existe. Porém existem pessoas que, partindo de uma definição particular de manifestação cultural - que particularmente não considero como sendo - "compõem" uma música com essa palavra que não existe, e essa mesma "música", constando basicamente de uma única palavra - "créu" - é ouvida pela maioria.

Será que a capacidade das pessoas de avaliar o que lhe são apresentados morreu, e por essa razão se quer questionam? É totalmente sem cabimento que um barulho desses seja ouvido e tenha se tornado tão popular, ao ponto de se ouvir no centro da sua cidade carros e mais carros tocando essa "música" a todo volume. E também é totalmente sem cabimento você presenciar um grupo de indivíduos, de organismos desprovidos de massa cefálica, "dançando" o "créu", na frente do cursinho onde você espera que alguém venha logo te buscar para que a agressão contra o seu sistema nervoso pare antes que deixe seqüelas.

Além de carros, desses organismos acéfalos, existem também programas de televisão que, para atrair audiência, abrem espaço para que grupos "musicais" do mesmo gênero se apresentem, e os coitados acéfalos pensam que fazem isso porque são adeptos da "cultura funk" - tsc, tsc, tsc, que dó.

Essa linguagem apelativa que geralmente está presente nesse tipo de "música", o jeito com o qual se "dança" - que mais parece o ato sexual em si - caracterizam um tipo de pessoas que vulgarizam e banalizam o sexo, igualam-se a animais, que agem por instinto; uma "cultura" baseada na promiscuidade, e é justamente essa "cultura", banal e totalmente ridícula, que é quase venerada. Não há questionamento, não há nenhum tipo de avaliação quanto ao conteúdo - mais precisamente à falta de conteúdo. Porém, quando o assunto é a cultura Underground - subentende-se os punks, góticos, headbangers, etc - somos todos julgados como "satanistas", e somos discriminados.

É preferível que eu seja julgada como "satanista" do que ser mais um organismo desprovido de massa cefálica, que repete inúmeras vezes a mesma palavra sem sentido. É preferível ser discriminado, sofrer preconceitos do que se igualar a esse tipo de comportamento.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Discussão


- Eu não sei o que escrever...

- Como não sabe? É simples, não se faça de bobo.

- Sério, não sei. Não consigo pensar em nada. Esgotaram-se minhas idéias - disse enquanto suspirava.

- Não precisa ser nada de muito relevante, invente. Sei que você consegue, só não pode ficar com essa cara de derrotado!

- Mas não é tão simples assim! Preciso de calma, de idéias! Não consigo pensar...

- Olha, eu sei que você, lá no fundinho tem uma idéia fresquinha esperando para sair! Hein, não estou certo? - disse enquanto o cutucava.


- Está errado. Ouça, melhor deixarmos isso para depois, quando estiver com a cabeça fresca. Assim não nos aborrecemos e eu posso ter um tempo para pensar em algo. Está bem assim? - disse sorrindo, forçando o acordo.

- Não, eu sei que você consegue! Não se faça de desentendido, eu sei o joguinho que você está querendo fazer, mas não vai colar! - estava irônico, não queria entender os argumentos do outro.

- Qual joguinho, meu amigo? Você só pode estar delirando, ou não está conseguindo entender que hoje eu não estou com cabeça para escrever nada? Se você não sabe, o ato de escrever é algo que deve ser feito com muita calma, somos artistas - disse com um ar de superioridade.

- Olha aqui colega, está me chamando de burro? Acha que não sou capaz de entender o que você, artista, diz? Está querendo dizer que sou inferior? - estava nervoso, começava a alterar seu tom de voz.

- Claro que não! Meu querido, qual o problema em eu não estar disposto a escrever hoje, justo hoje? Que eu saiba não é tão urgente assim!

- Meu querido, não há problema, mas eu sei que você consegue, e na verdade, é urgente sim! Eu mando em você, sou seu superior!

- Ah, claro! Nunca recebi uma ordem assim, tão sem cabimento! Não vou escrever só porque você acha que é meu superior! Não gosto de fazer nada quando não estou disposto, e hoje é o dia, não estou disposto! - a discussão começa a esquentar.

- Ah, não está disposto? Pois quando chegar o dia do seu pagamento, não estarei disposto em lhe pagar, estamos quites não?

- Olha aqui, uma coisa não tem nada a ver com a outra! Mas eu sei, você gosta de jogar sujo, de apelar, não é? Faz bem o seu tipinho! Pessoas como você são capazes de tudo, conheço vocês - agora as ofensas vêm à tona.

- Pessoas como eu? O que você quis dizer com isso? Tipinho? Você realmente não me conhece, está me tirando do sério!

- Ah é? O que você é capaz de fazer então? Vai me matar? - disse provocando-o.

- É, pode ser - tirou o revólver do bolso e atirou.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Um Bêbado...


Esta história é um fato verídico. Os nomes foram alterados para que a identidade das pessoas envolvidas fossem preservadas. Qualquer semelhança, nesse caso, não será mera coincidência.

Teresa e Antônia estavam conversando tranqüilamente como sempre o faziam. Era noite, fazia um pouco de frio. O céu estava limpo, a lua, ainda que em sua fase menos iluminada, estava desempenhando seu papel de tornar até a noite mais fria, em um belo espetáculo. Tudo corria como de costume, dentro da normalidade medíocre de uma cidadezinha pretensiosa.

Às vezes, quando as coisas vão bem, sempre dizem que é por pouco tempo. Realmente, nesta noite as coisas tomariam um rumo que seria trágico, se não fosse cômico. Seria a demonstração de que o homem pode sim chegar ao fundo do poço, ou até mesmo, cavar além do poço. A demonstração da mais pura auto-piedade, da falta de orgulho e amor-próprio que leva o homem a passar pelo ridículo em troca de atenção, de alguém que possa escutá-lo, mesmo que por pena. E até mesmo que possam rir dele, pois o ridículo já não importa mais.

Ao olhar para o lado, Teresa toma um susto ao se deparar com um homem bêbado, olhando para ela como se encontrasse uma alma caridosa que possa escutar seus lamentos. Antônia também assustada não sabe o que fazer. A escolha mais sensata seria escutar, responder com desdém - mas não deixando transparecer - e depois sair de perto, ou esperar que o bêbado saia primeiro.
Suas roupas não eram rasgadas, não estava sujo, mas todo aquele ar de embriaguez o tornava insuportável.

- Minha mulher morreu, era parecida com você - dirigindo-se à Teresa - eu durmo, todos os dias no túmulo dela - falava enquanto mostrava toda a sua dor, misturada com álcool e auto-piedade.

Todas as respostas eram, nada mais, uma tentativa de disfarçar o riso. Ainda que ele possa realmente estar sofrendo, torna-se cômico por banalizar sua dor, contando a quem quiser ouvir.
Seus olhos até lacrimejavam, nos primeiros cinco minutos sentiram pena. Nos próximos sentiam vergonha, logo depois raiva, irritação.

Alguns amigos de Teresa e Antônia vieram para tirá-las de perto daquele homem inconveniente. Após alguns minutos o bêbado retornou, com uma nova estratégia. Iria cantar. Tentar cantar, pois a bebedeira era tanta que mal conseguia pronunciar as palavras. Na verdade não cantava, gritava, balbuciava palavras que nem sabia o que eram, se quer sabia se existiam. Todos se olharam e o riso foi inevitável. Aquele homem embriagado já não sabia que o riso representava a piedade das pessoas frente a um ato totalmente ridículo e sem propósito algum.

- Bom - disse um dos amigos de Teresa e Antônia - acho que o senhor já cantou e pode ir embora agora.

Sua saída não durou um minuto, e novamente o inconveniente retorna com um novo apelo. Aliás a junção do canto com as ameaças.

- Eu sou psicopata, eu sou maluco! Vocês não me conhecem!

O comportamento de todos ali já mudara. Não havia mais a tolerância quanto ao estado deplorável que o tal homem se encontrava. Teresa, começou a mandá-lo embora, mas parecia que seu cérebro alcoolizado não assimilava mais as palavras. Chegou a oferecer seu terço que carregava na mão à Teresa, que num ato de repugnância, quase joga o objeto no chão. O seu apego ao terço é tanto que volta atrás e pede-o de volta. Agora seu novo e último apelo é a religião. Mais precisamente Jesus.

- Jesus ama vocês!

A impaciência tomara conta de todos, a piedade não existia mais. Viraram as costas e deixaram falando sozinho o bêbado, com Jesus e seu terço. Após todo esse circo, o riso foi inevitável. Mas não se pode negar que, o que foi presenciado é a prova mais forte de que o homem pode perder seus escrúpulos, seu orgulho e vir a ser uma piada, uma pessoa digna de pena, de quem se ri e que não é levado a sério. Uma pessoa que busca na bebida um refúgio traiçoeiro, que ao invés de proteger leva o embriagado a cometer atos estúpidos e tolos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Até onde vai a estupidez humana?


Até onde vai a estupidez humana? Essa é uma pergunta que gostaria de saber a resposta. Mas na verdade, não há limites. Mesmo sabendo disso, acabo sempre me surpreendendo. O homem desenvolveu uma capacidade de ser estúpido que chega a ser incrível! É tão constante no caráter de algumas pessoas que acaba virando uma qualidade - por esta não ter outro atributo.

Vamos citar alguns exemplos para comprovar que o meu raciocínio não está errado: Quando você está com vontade de matar alguém, seja sua filha, enfim, logicamente não cairá na besteira de pisar no lençol da vítima - assim deixando as marcas do seu sapato - não deixará vestígio de sangue, e mesmo se deixar, por favor, não coloque num balde com alvejante - veja bem seja nobre, isso é no mínimo vergonhoso (tsc, tsc, tsc). E quando der uma entrevista, peça a sua cúmplice que leve um lencinho, nem que seja de papel para, pelo menos, fingir que está chorando. Finja sofrimento mas de uma forma honrada, não patética, digna de um ator de quinta categoria.

E caso você queira dar um passeio de balões, por favor, não confie no vento. Não marque a sua chegada com tanta precisão, e leve pelo menos um pára-quedas, um colete salva-vidas e uma tesoura. Caso veja que os balões estejam levando-o para lugares remotos - ilha deserta, etc - corte-os, mas tenha a certeza de que cairá no mar - está explicado o uso da tesoura. Mesmo você sendo um padre, não pense que Deus o salvará, pois nem ele deve gostar de pessoas estúpidas como você.

Acho que consegui provar que a estupidez humana não tem limites, que ela realmente nos surpreende e que nunca deixaremos de ter pessoas assim, tão estúpidas ao ponto de fazerem coisas tão, tão, como se diz...

... estúpidas.