sábado, 31 de julho de 2010

QUEM ME DERA SER UM CACHORRO

Quem me dera ser um peixe... melhor, quem me dera ser um cachorro. Estaria agora deitada à sombra de uma árvore, e quando quisesse sairia correndo, abanando o rabo de felicidade, sem qualquer preocupação humana, vivendo simplesmente.

Uma roda de carro seria uma diversão sem igual - sair correndo e latindo atrás do automóvel, não ligando para essas convenções humanas - pois a felicidade para nós é algo complicado. O ser humano complica a felicidade e não a compreende em sua plenitude.

É uma pena chegar ao fim desse devaneio sabendo que mesmo que quisesse não poderia nunca ser um cachorro, e nunca poder compreender o mundo como esse animal. Acredito que o mundo para um cão é cheio de oportunidades de ser feliz, ou pelo menos de estar satisfeito. O ser humano nunca está satisfeito, e mesmo quando sente uma satisfação, é breve e mal aproveitada.

Quem me dera ser um cão... seria mais feliz.

terça-feira, 27 de julho de 2010

BRASIL: O PAÍS DO FUTEBOL, DA DESIGUALDADE E DA POBREZA!

Um dia desses, assistindo a um telejornal qualquer, vejo uma reportagem que me indignou: Milhares de agricultores do nordeste tiveram perca de 90 % de suas safras devido a seca. O governo possui o Seguro Safra, que visa acudir os agricultores nordestinos nos períodos de seca. Entretanto, neste ano esse seguro não foi pago a estes desafortunados.

E depois desta matéria tão indignante, veio a Copa do Mundo de 2014. Os estádios brasileiros serão REFORMADOS, bem como haverá a CONSTRUÇÃO de novos estádios, com dinheiro dos patrocinadores - também com o dinheiro público, é claro!

Dito isto, formulo a seguinte questão: Porque não pagam o seguro para os agricultores que perderam toda a safra e precisam dele para não passarem mais necessidade? Enquanto a Copa é o assunto do momento, e mais e mais brasileiro IGNORANTES se excitam diante deste ESPETÁCULO DO FUTEBOL, os agricultores do nordeste estão esperando o seguro que não foi pago AINDA.

É meus queridos leitores, o Brasil além de país do futebol é também o país da fome, da seca. É o país da desigualdade. "O Brasil é o país do futebol, da desigualdade e da pobreza!" - bonito, não?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PALAVRAS DE INCENTIVO A MIM MESMA E UMA CRÍTICA AOS PROFISSIONAIS IRRESPONSÁVEIS

Se seu curso é constituído de profissionais ignorantes e neuróticos, que usam critérios estranhíssimos de avaliação e não dão orientação alguma a você acadêmico, não se desespere!

Caso você acredite, pode rezar para Deus lançar um cometa em cima do departamento do seu curso, num horário bem movimentado, e pedir que as almas desses infelizes vão direto para o inferno, sem escalas no purgatório.

Agora se você é ateu e não acredita nesses dogmas acima, aguente firme; os anos passam, e um dia você poderá fazer diferente deles: Ser um profissional de verdade, competente e que não prejudica seus alunos por amor-próprio.

E não use a lei que todos os que trabalham no funcionalismo público usam: A LEI DO MENOR ESFORÇO.

sábado, 10 de julho de 2010

O ser humano e sua luta para atingir o bem

 É possível somente pensar o bem justamente porque ele é algo do qual o ser humano não tem conhecimento. Ele não pode produzir uma representação daquilo que é pensado ser o bem; não encontra em seu mundo e até mesmo em sua própria constituição subjetiva, nada que possa produzir algo bom sem limitações, ou seja, sem nada que possa restringir o seu valor.

 Até sua própria condição humana, de animal racional que possui vontade e delibera de acordo com as determinações dessa vontade, reduz a possibilidade deste bem tornar-se um fato em seu mundo por meio de suas ações. Ademais, o bem é tão inatingível para o ser humano, que muito se escreve sobre o que é esse bem - e alguns dos seres humanos que investiga esse conceito etéreo, chega a fundamenta-lo de forma esplêndida, tamanha é a sede de atingi-lo.

 Porque o ser humano não discute acerca do mal? Porque não poderia existir um conceito como o mal supremo, e dele ser escritos compêndios, tratados, a fim de fundamentar sua existência e valor na natureza humana?

 Não seria nada produtivo a qualquer teoria filósofica adotar o mal supremo como conceito de interesse abstrato, porque este sim o ser humano tem conhecimento e pode produzi-lo. O que é mal, ou que é de alguma forma prejudicial e causa de horror é facilmente reproduzido no mundo por meio da ação humana. Os registros da história contém inúmeras reproduções do mal, e a criatividade humana neste quesito se mostra surpreendente - basta que se pesquisem as torturas da Inquisição.

 Pensar sobre o bem é completamente possível, pois é um meio de consolidar a representação deste conceito abstratamente, e por isso se encontram conceitos plausíveis de bem, construídos com destreza argumentativa típica de ser humano que pensa, e que pode construir pensando aquilo que não possui concretamente.

domingo, 4 de julho de 2010

Aquilo que perdi...

 Sou uma pessoa que, seja por constituição de personalidade ou por ironia do destino, possui uma grande facilidade em perder quaisquer objetos, de todos os tamanhos e formas. Isso para mim não é causa de preocupações, uma vez que não sou ligada a bens materiais - e a maioria deles logo adquiri novamente. Entretanto, existe algo que perdi há algum tempo, e que não sei o que é. A única coisa que levo desta perda é o vazio que ela proporciona, e que durante algum tempo tentei preenche-lo, em vão. Todos os dias acordo com a mesma sensação, de uma perda que não foi reparada, de algo que perdi e que ando procurando incessantemente, sem êxito na busca.

 Se era um livro, uma roupa? Não, isso não era... Se isso fosse, estaria mais feliz em saber que é de fácil empreita encontrar tais itens, a fim de preencher a perda deles. Infelizmente não é objeto simples de encontrar em lojas - aliás, se quer sei se isso o dinheiro poderá comprar. Ademais, as coisas a que ele pode alcançar são demasiado fúteis no mais das vezes... e isso garanto, não pode nem ser comprado, e muito menos é algo fútil.

 - Mas se o vil metal não pode, por seus meios, comprar aquilo que perdeu então o que será essa perda? De que perda falas, ó mulher infiel? - poderia um leitor hipotético, dirigir-se a mim desta forma, com impaciência de quem pensa ser isso frivolidades de mulher. Novamente é infeliz a idéia de não poder sanar a tua dúvida, leitor hipotético, mas fique mais feliz por não estar na pele daquele que não sabe onde, e se quer sabe se poderá algum dia encontrar aquilo que perdeu - e do vazio não poder saber a causa.