sábado, 17 de maio de 2008

Até onde vai a estupidez humana? Parte II


Alguém encontrou a palavra "créu" no dicionário? Pois bem, nem eu. E partindo do princípio de que todas as palavras existentes e com sentido definido constam no dicionário, se "créu" não consta, não existe. Porém existem pessoas que, partindo de uma definição particular de manifestação cultural - que particularmente não considero como sendo - "compõem" uma música com essa palavra que não existe, e essa mesma "música", constando basicamente de uma única palavra - "créu" - é ouvida pela maioria.

Será que a capacidade das pessoas de avaliar o que lhe são apresentados morreu, e por essa razão se quer questionam? É totalmente sem cabimento que um barulho desses seja ouvido e tenha se tornado tão popular, ao ponto de se ouvir no centro da sua cidade carros e mais carros tocando essa "música" a todo volume. E também é totalmente sem cabimento você presenciar um grupo de indivíduos, de organismos desprovidos de massa cefálica, "dançando" o "créu", na frente do cursinho onde você espera que alguém venha logo te buscar para que a agressão contra o seu sistema nervoso pare antes que deixe seqüelas.

Além de carros, desses organismos acéfalos, existem também programas de televisão que, para atrair audiência, abrem espaço para que grupos "musicais" do mesmo gênero se apresentem, e os coitados acéfalos pensam que fazem isso porque são adeptos da "cultura funk" - tsc, tsc, tsc, que dó.

Essa linguagem apelativa que geralmente está presente nesse tipo de "música", o jeito com o qual se "dança" - que mais parece o ato sexual em si - caracterizam um tipo de pessoas que vulgarizam e banalizam o sexo, igualam-se a animais, que agem por instinto; uma "cultura" baseada na promiscuidade, e é justamente essa "cultura", banal e totalmente ridícula, que é quase venerada. Não há questionamento, não há nenhum tipo de avaliação quanto ao conteúdo - mais precisamente à falta de conteúdo. Porém, quando o assunto é a cultura Underground - subentende-se os punks, góticos, headbangers, etc - somos todos julgados como "satanistas", e somos discriminados.

É preferível que eu seja julgada como "satanista" do que ser mais um organismo desprovido de massa cefálica, que repete inúmeras vezes a mesma palavra sem sentido. É preferível ser discriminado, sofrer preconceitos do que se igualar a esse tipo de comportamento.