quinta-feira, 6 de maio de 2010

O vazio, o sentido, a morte.

Nós estamos acostumados a negar o vazio. Às vezes nem nos damos conta do vazio, passamos por ele, ou estamos com ele e não o enchergamos. Estamos envolvidos por uma camada de ilusão, que não deixa enchergar o vazio cosntantemente. Há pessoas que simplesmente ignoram o vazio por acreditarem tão piamente nesta camada ilusória que se chama cotidiano.
O vazio é aquele oco que se encontra conosco e nos abraça, nos aperta e nos enche de nada. O nada não existe? Sim, pode ser que não exista fisicamente, porém todos sabem quando o nada se instala em sua vida. O nada é expressivo, o vazio é pleno de algo que não se sabe explicar; é o que desmotiva o indivíduo na sua eterna luta rumo ao sentido disso tudo - se é que existe algum sentido. Quando o indivíduo se dá conta do vazio, ele simplesmente sente-se perdido, tudo o que antes tinha sentido passa a não ter. O que antes o motivava para continuar vivendo, agora perdeu todo o brilho, a importância. O nada é perigoso para a sobrevivência do indivíduo.
 A vida é um oceano sem norte. O sentido é a falsa sensação da existência de norte, ou será que o norte realmente existe? O sentido é a venda colocada nos olhos do indivíduo, para que ele não enchergue o mundo como ele realmente é, mas sempre com uma máscara de beleza, de fluidez. A morte chega quando o indivíduo, já sem as vendas do sentido, não suporta mais viver no vazio.

O vazio é perigoso.