Como é difícil viver! Se soubesse antes de embarcar no oceano da vida, todas as suas dificuldades e fardos, teria pulado no mar e morrido afogada.
Os tripulantes desta nau imensa - que é o mundo - são complicados. Existe uma conduta correta para agir com eles, existe uma linguagem específica, uma máscara. Mesmo que você não queira usá-la, eles o obrigam, pois é somente assim que podem conceber o mundo ao seu redor, as pessoas, os relacionamentos.
Você precisa ser agradável, sociável, amável, e mesmo que não consiga, você deve mesmo assim, a despeito de todos os sacrifícios, ser hipócrita. Você precisa ser correto, mesmo que esconda toda a sua sujeira debaixo do tapete da consciência. Você precisa ter dinheiro, pois só ele vale alguma coisa neste mundo.
Não seja verdadeiro. A verdade dói, e ninguém gosta de sofrer com a verdade; preferem as carícias doces da mentira ao tapa ardido, ao balde de água fria, ao soco no estômago.
Ainda continuo tripulante dessa nau maluca, cheia de excentricidades e estandartes. Farei diferente, não me jogarei no mar. Prefiro continuar à bordo para ver até onde vai, qual será o seu último porto. Ou se todos morrerão num naufrágio.
terça-feira, 23 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Essas palavras são pela MULHER.
A mulher sofreu durante toda a história do homem, a repressão e a humilhação por não carregar consigo o troféu fálico do poder: o pênis. Desde a infância, é ensinado à menina o pudor que ela deve ter com sua sexualidade, que na maioria das vezes é tratada como uma vergonha, ou algo que para ela simplesmente é amortecido, enquanto o menino é incentivado a cada vez mais cedo estimular e exibir sua virilidade.
No livro O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir aborda desde a mais tenra infância as diferenças que se estabelecem entre a criação do menino e da menina, quando em determinada fase da infância estes são devidamente definidos em gênero masculino e feminino.
A menina é aquela que permanece, quase para sempre, sob os olhos da mãe, sob sua repressão e sob suas imposições - ela não tem vontade própria, sua liberdade é condicionada ao coletivo, às tarefas domésticas que contrai. Há relatos no livro de Simone de meninas que, não tendo informação alguma acerca do sexo, de como é dado o nascimento de um bebê, trazem consigo marcas profundas. São as marcas psicológicas que as mulheres carregavam devido a uma situação de completa submissão e descaso.
Embora hoje a situação da mulher seja outra, e a diferença da situação feminia descrita no O Segundo Sexo seja nítida, ainda a mulher sofre com sua condição. Desde cedo a menina é tratada como um animalzinho engaiolado, que não tem o direito de ir e vir: a liberdade feminina é algo que não foi conquistado por muitas. O homem é livre, sempre foi e há uma grande disparidade se compararmos a nossa condição com a liberdade masculina.
O que a mulher quer não é tomar o poder e formar uma sociedade na qual todos os homens seriam escravizados, onde despejaríamos todo o nosso ódio e rancor em suas cabeças para sempre. NÃO QUEREMOS VINGANÇA, QUEREMOS IGUALDADE.
Conseguimos trabalho, porém ao chegar em casa a mulher enfrenta uma outra jornada, que é o trabalho doméstico que sempre foi considerado "coisa de mulher". Embora o homem reconheça a capacidade que a mulher tem de fazer tudo o que ele faz, infelizmente vive num mundo bipartido, onde nele existem as "coisas de homem" e as "coisas de mulher".
A lei já mudou, mas o que resiste é o comportamento do homem diante de nós, mulheres.
No livro O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir aborda desde a mais tenra infância as diferenças que se estabelecem entre a criação do menino e da menina, quando em determinada fase da infância estes são devidamente definidos em gênero masculino e feminino.
A menina é aquela que permanece, quase para sempre, sob os olhos da mãe, sob sua repressão e sob suas imposições - ela não tem vontade própria, sua liberdade é condicionada ao coletivo, às tarefas domésticas que contrai. Há relatos no livro de Simone de meninas que, não tendo informação alguma acerca do sexo, de como é dado o nascimento de um bebê, trazem consigo marcas profundas. São as marcas psicológicas que as mulheres carregavam devido a uma situação de completa submissão e descaso.
Embora hoje a situação da mulher seja outra, e a diferença da situação feminia descrita no O Segundo Sexo seja nítida, ainda a mulher sofre com sua condição. Desde cedo a menina é tratada como um animalzinho engaiolado, que não tem o direito de ir e vir: a liberdade feminina é algo que não foi conquistado por muitas. O homem é livre, sempre foi e há uma grande disparidade se compararmos a nossa condição com a liberdade masculina.
O que a mulher quer não é tomar o poder e formar uma sociedade na qual todos os homens seriam escravizados, onde despejaríamos todo o nosso ódio e rancor em suas cabeças para sempre. NÃO QUEREMOS VINGANÇA, QUEREMOS IGUALDADE.
Conseguimos trabalho, porém ao chegar em casa a mulher enfrenta uma outra jornada, que é o trabalho doméstico que sempre foi considerado "coisa de mulher". Embora o homem reconheça a capacidade que a mulher tem de fazer tudo o que ele faz, infelizmente vive num mundo bipartido, onde nele existem as "coisas de homem" e as "coisas de mulher".
A lei já mudou, mas o que resiste é o comportamento do homem diante de nós, mulheres.
terça-feira, 2 de março de 2010
Sim, é uma crítica!
Vemos que a cada dia cresce a demanda de professores de filosofia, no entanto nem todos aqueles que se dizem "filósofos" são dignos de serem assim chamados. Na maioria das vezes são picaretas, pessoas com mentes pobres e pequenas.
Quem é você, oh Filósofo, oh Sábio das Montanhas do Oriente, para dizer que mulher "só faz pergunta cretina"? Que tipo de "filósofo" é você que faz esse tipo de generalização? Que usa essa máxima completamente machista?
Sinto-me completamente enojada em saber que um bossal desses é um professor de filosofia. Realmente fico muito triste em constatar que passou num vestibular para filosofia, uma criatura com um espírito tão pobre. E fico mais indignada ainda em saber que isso ocorreu numa sala de aula de um curso de filosofia, e que essas idiotices foram ditas por um ser que, infelizmente, tenho que chamar de professor.
Com essa postura você irá longe, Sábio das Montanhas do Oriente. E espero que vá mesmo, para bem longe!
Quem é você, oh Filósofo, oh Sábio das Montanhas do Oriente, para dizer que mulher "só faz pergunta cretina"? Que tipo de "filósofo" é você que faz esse tipo de generalização? Que usa essa máxima completamente machista?
Sinto-me completamente enojada em saber que um bossal desses é um professor de filosofia. Realmente fico muito triste em constatar que passou num vestibular para filosofia, uma criatura com um espírito tão pobre. E fico mais indignada ainda em saber que isso ocorreu numa sala de aula de um curso de filosofia, e que essas idiotices foram ditas por um ser que, infelizmente, tenho que chamar de professor.
Com essa postura você irá longe, Sábio das Montanhas do Oriente. E espero que vá mesmo, para bem longe!
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