sexta-feira, 21 de março de 2008

Liberte-se


Quando alguém diz:"Essa roupa não está legal...", eu normalmente não dou importância. Quando o mesmo alguém diz novamente que essa roupa não está legal, e ainda diz que estou ridícula, também não dou importância. Deveria? Se deveria ou não dar importância, não sei. A única coisa que realmente sei é que não me importo com a opinião alheia, desde que esta esteja de acordo com a minha, em se tratando de roupa, é claro.

Quando alguém diz - pode ser o mesmo alguém, se preferir - que a música que escuto é um lixo, dependendo do alguém, mando a pessoa para um lugar não muito agradável. E qual a razão de eu fazer isso? É simples! Para mim basta a minha opinião. Posso ser chamada de teimosa, de desagradável, enfim, posso ser odiada, mas não abro mão da minha personalidade.

Resumindo, não sou eu quem está errada na história, mas sim o alguém. Esse alguém quando vê uma consultora de moda no fantástico, corre para aprender a se vestir bem; dá importância ao que uma mulher desconhecida fala sobre moda, sem se importar com o que gosta de vestir. Se a consultora diz que está na moda usar meia verde abacate pendurada na orelha, combinando com uma blusa de tricô abóbora, e ainda usar aqueles termos para justificar a aberração, como: "Isso torna o look desconectado", no dia seguinte acabam-se os estoques de meias verde abacates e blusas de tricô abóbora. E ninguém tem coragem de dizer, mesmo que baixinho, que isso é ridículo.

Quem quer que esteja lendo isso - eu espero que tenha alguma alma caridosa - pode achar que eu estou fazendo uma autopropaganda, mas não. Estou sim, clamando para que as pessoas sejam menos dependentes da opinião alheia e passem a andar com as próprias pernas. O fantástico é exibido somente aos domingos, então no decorrer da semana as pessoas não sairão de casa. São inseguras ao ponto de comprar o que lhes são sugeridos. Não têm vontade própria, criatividade de poder vestir-se da maneira com que desejar.

Mas fugindo um pouco do assunto moda, falemos então de música. Gosto - graças à Grande Mãe - não se discute. Existem mesmo muitos estilos de música, e não citarei nenhum, pois me limitarei ao Metal nosso de cada dia. Porém existem certos estilos que surgem na vida da pessoa justamente quando esta está na faculdade. "Oh, como a cultura demorou para entrar em minha vida... como pude viver sem o Caetano, Gil, sem os barezinhos com a rapaziada do curso de biblioteconomia. Isso sim é vida: beber vinho tinto, ouvir Mpb ..."

Isso definitivamente é horrendo. Barezinhos, mpb, vinho tinto - nada contra o vinho - o que fizeram com você rapaz! Realmente parece que quando começam a freqüentar a faculdade, o vírus da cultura elitizada invade o organismo saudável de um estudante. E qual a razão? "É chic".

Claro, a generalização aqui é feita somente para que o trabalho de redigir não seja penoso. Você aí, que está passeando por esse blog empoeirado, que se encaixa no perfil acima descrito, dou-lhe um conselho: Caro colega, liberte-se.