terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Escrava

Encontro-me numa total solidão sendo acompanhada pelo medo.

A escuridão de minha alma invade toda minha existência

Fazendo de mim um objeto...

...Objeto de minha própria alma.

O pânico toma conta pouco a pouco do meu eu,

Que se fecha lentamente em seu casulo,

Tentativa infeliz de se sentir ao menos seguro nessa selva,

Onde o medo me domina, escraviza-me com tanta constância...

...Castiga-me lentamente, com sua força que é sutil,

Ao mesmo tempo dura, que seduz meu eu agora frágil de tanto lutar.

As lágrimas não domino mais. Se quer domino a mim mesma...

... Sou agora uma piada de minha própria existência

Que não cansa de me dominar a ponto de não saber mais,

Se ela pertence a mim, ou sou eu que a pertenço.

Meu desejo agora é um quarto escuro,

Onde possa encolher meu corpo fetalmente

E imergir num sono profundo, onde sonhos bons possam vir,

O medo não exista e desse sonho nunca mais possa acordar.

Imerso na selva de meus sentimentos, meu eu não luta mais.

Não tenho mais vontade, se quer comando minha consciência.

Agora sou inteiramente dominada por um estranho,

Alguém que eu mesma criei.

Que me apunhalou, fazendo-me escrava de mim mesma.

†Brennah Enolah†