segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vendendo os Mestres!

Acredito que serei censurada... acabo de vender o mestre Aristóteles no sebo. Confesso que senti um aperto no peito, em vê-lo lá, neste frio, no balcão do sebo.
- Como pôdes fazer isso comigo, filha desnaturada? - disse o mestre, com voz embargada de quem se sente trocado pelo brilho ilusório de uma note de dez reais. Ainda mais hoje, um dia frio de uma segunda-feira, e o tio Aristóteles, sem cobertor, desamparado... 
Tive um ímpeto de abraçá-lo, e sair correndo, levando-o novamente para o conforto de minha prateleira, junto com Swift, Hemingway, Kundera e o sempre Casmurro, Machado. Mas o "capetalismo", infiel, frio e calculista não perdoa os mestres. 

- Oh Mestre dos Mestres, Aristóteles! Perdoe-me por essa heresia de minha parte, mas não poderei com sua Ética pagar a passagem do ônibus... Desculpe-me e adeus! - as lágrimas não tardaram em sair de meus olhos, mas não pude nada fazer a não ser engoli-las e ir embora, com o peito apertado. 

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eu Acredito no Vazio

Eu acredito no vazio. Isso poderia soar como algo completamente irrelevante, porém duvido se você, meu querido e estimado leitor, nunca se deparou com o vazio ao se colocar diante de uma folha em branco do seu Word – quando nada vem à cabeça para que esta folha em branco deixe de sê-la.
Isto me ocorreu agora, pois que estou escrevendo justamente sobre aquilo que me impossibilitou de escrever qualquer coisa. Se Descartes estivesse aqui comigo, diria que este vazio é impossível. Se “penso, logo existo”, não poderia existir mediante este vazio mental que acabou de me ocorrer. Ou então, a cada intervalo de pensamentos e vazios acerca de alguma coisa, poderia desaparecer e surgir novamente, como um pisca-pisca.
Entretanto, o vazio é algo totalmente improdutivo... estou aqui, sem idéia nenhuma para atualizar meu querido e estimado blog, e então decido escrever sobre a própria ausência de idéias. Acabo então, ao final deste magro texto, chegando a conclusão nenhuma, assim como o tema desta breve narrativa.

(Depois disso tudo, acredito no vazio ainda mais!).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Da Origem das Idéias

"O pensamento mais vivo é sempre inferior à sensação mais embaçada".

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O vazio, o sentido, a morte.

Nós estamos acostumados a negar o vazio. Às vezes nem nos damos conta do vazio, passamos por ele, ou estamos com ele e não o enchergamos. Estamos envolvidos por uma camada de ilusão, que não deixa enchergar o vazio cosntantemente. Há pessoas que simplesmente ignoram o vazio por acreditarem tão piamente nesta camada ilusória que se chama cotidiano.
O vazio é aquele oco que se encontra conosco e nos abraça, nos aperta e nos enche de nada. O nada não existe? Sim, pode ser que não exista fisicamente, porém todos sabem quando o nada se instala em sua vida. O nada é expressivo, o vazio é pleno de algo que não se sabe explicar; é o que desmotiva o indivíduo na sua eterna luta rumo ao sentido disso tudo - se é que existe algum sentido. Quando o indivíduo se dá conta do vazio, ele simplesmente sente-se perdido, tudo o que antes tinha sentido passa a não ter. O que antes o motivava para continuar vivendo, agora perdeu todo o brilho, a importância. O nada é perigoso para a sobrevivência do indivíduo.
 A vida é um oceano sem norte. O sentido é a falsa sensação da existência de norte, ou será que o norte realmente existe? O sentido é a venda colocada nos olhos do indivíduo, para que ele não enchergue o mundo como ele realmente é, mas sempre com uma máscara de beleza, de fluidez. A morte chega quando o indivíduo, já sem as vendas do sentido, não suporta mais viver no vazio.

O vazio é perigoso.

domingo, 2 de maio de 2010

Eu queria ter um lança chamas...

Todos os dias eu agradeço a Zeus, Deus, Jesus, Obama, Satan, enfim, qualquer uma dessas figuras (ou nenhuma delas, dá na mesma) por não possuir porte de arma ou um lança chamas, pois se possuísse colocaria todas as torturas que elaboro a priori em prática.

Acabei de ler algo que fez minhas entranhas revirarem... e infelizmente não poderei usar meu lança chamas metafísico para queimar o autor das fezes verbais, em uma fogueira bem bonita, com muito fogo!!! Ou também não poderei, com um tiro certeiro, livrar o mundo todo desse energúmeno, que com certeza não teria sido colocado no mundo se sua progenitora tivesse um prospecto de como seria o seu adorado filho - até ela mesma gostaria de possuir um lança chamas.

Você, amigo leitor, pode achar que posso estar exagerando, sendo muito cruel, com muito ódio no coração mas não, estou somente explanando aqui minha indignação com uma pessoa determinada... não citarei nomes, evidentemente, mas que gostaria mesmo de ter um lança chamas, ah como gostaria!