Que o resto da humanidade morra, mas que EU continue vivo.
Que o resto da humanidade passe fome, mas que EU consiga me alimentar.
Que o resto da humanidade se entristeça, mas que EU fique alegre.
Dito isto, está escrito o manifesto que visa o bem-estar de somente uma pessoa.
domingo, 26 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Hanimais Espalhados Pela Casa e Blues: Péssima Combinação
Tanânanâ, tchâramraram, tanâ, tanâ (era mais ou menos isso que os orangotangos sabiam fazer, e detalhe, sempre e constantemente em lá maior. Pensem como foi erudito).
No início tudo correu bem, pessoas conversando, música boa. Logo depois - e não sei quando exatamente - o ambiente foi impregnado com um cheiro de estrume: eram os hanimais que acabavam de chegar. De repente o que era uma sala de estar transformou-se num chiqueiro, e bestas se arrastavam de um lado para o outro, rugiam e se mostravam em pleno estado de hanimalidade.
E o tanânanâ comia solto no curral - imagine blues feito por bestas, em lá maior? Pois é, foi isso o tempo todo, sem intervalos, o que deixaria Mozart estupefato - e acredito que até Tiririca ficaria estupefato com tamanha estupidez musical. O pior é que todo mundo estava gostando... confuso, não?
O ápice da escrotice é quando você descobre que sua sala realmente é um chiqueiro, e que você não pode fazer nada, e tudo isso ao incansável som do quinteto Lá maior: tanânanâ, tchâramraram.
No dia seguinte restam somente três coisas: a ressaca, pois só bebendo para conseguir suportar toda a palhaçada hanimal; a sujeira, pois hanimais que se presam transformam aquilo que antes era um lar em nada menos que um chiqueiro (e não se poupa nem uma privada inocente) e o ódio: ódio por não ter sido sincera e firme o suficiente para tocar o rebanho de bestas descerebradas porta a fora.
Da próxima, somente seres humanos e Blues de verdade... estou enjoada de cheiro de estrume.
*Hanimal, hanimalidade: se chamasse de animal ofenderia os pobres bichinhos que não tem culpa de nada... então, decidi criar um termo que definisse a condição insana e ridícula do ser humano, sem recorrer ao título de animais.
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