terça-feira, 27 de novembro de 2007

"A Vingança é um Prato que se Come frio, bem frio"...

Pois bem, senhores e senhoras, não subestimem os que não se encaixam nos padrões da 'vossa' sociedade. Não subestimem ninguém, só pelo fato de não corresponderem ao modelo de bom cidadão, ainda que o façam melhor que os cidadãos padronizados...


Porquê existe ainda, em nossos tempos, um preconceito tão duro e mesquinho contra os que saem da lobotomia desse sistema? Porquê será que a maioria ainda não se acostumou com o novo, o diferente? Será tão difícil entender, que em um milhão de pessoas, não exista uma que não se destaque dentre as outras?

Porquê são todos tão mesquinhos?

...

Na verdade senhores, tenho pena de vocês...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

† In My Darkness †

Alone in this garden of pain,
Crying and thinking,
If I die or resist to live... alone.

My eyes burning, like a hell.
My head is confused, nothing to do.
I want to be free to live,
In my world...

Nobody understands my reasons,
And nobody knows my opinions.
Me and my world,
Alone in my darkness.

The state of my soul,
The state of my life.
Nothing to do to change my destiny...
... Destiny of a lonely heart.

†Brennah Enolah†

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sonhos


Caminhando entre meus sonhos,
Peço que se realizem.
Não quero mais viver assim,
Correndo atrás das realizações
E elas correndo de mim.

As brumas cobrem meus olhos
- Brumas do devaneio -
A névoa embaralha minha mente,
E sem idéias começo a dançar
A música da ilusão.

Pés desclaços, em meios às nuvens,
Sonhos voam ao meu redor,
A fumaça embriagadora
Das ilusões me entorpece.
Faz-me divagar pelos meus pensamentos.

De repente sopra o vento
- O vento da realidade -
Trazendo-me de volta.
Os sonhos deixo para trás,
Abro os olhos para a verdade.
Brennah Enolah.

sábado, 29 de setembro de 2007

Confissões...

"Algo que me inquieta, que não deixa que eu possa crer no mundo..."

Porquê as pessoas são tão pobres? Pobres de cultura, de valores, e são tão pobres que somente têm dinheiro. Não consigo olhar para as pessoas na rua e ver como são induzidas, como são facilmente conquistadas por tudo o que é moda. Moda para as massas, para que a massa não pense sozinha, que a massa sempre seja guiada, para não perderem o controle sobre ela - a massa. "A tendência deste verão é amarelo... use sempre com um belo colar... a marca tal e ótima, pois a famosa tal usa"... Realmente acho que quem faz parte da tão citada massa não sabe o quão ridículo é ouvir isso nos programinhas de entretenimento da Globo ou outra emissora "formadora de opiniões" - controladora.

Será que estou sendo exagerada em meu depoimento? Será que realmente essa gente que acha que é normal pode pensar por si e não seguir o que uma imbecil qualquer disse?

Não acredito, nunca irei acreditar... O mundo é pobre, pobre de dinheiro, de comida, de cultura. O mundo acostumou-se que alguém pense por eles, que digam o que devem fazer, o que vestir, como viver... como viver.
Espero nunca fazer parte dessa massa, nunca ser comandada por ela e nunca perder minha identidade - que não é somente aquele papel que você carrega a vida toda, com o seu nome e uma foto horrível 3x4 - pois eu sou uma pessoa que enfrenta as convenções e não se deixa sucumbir pela lobotomia que o sistema sempre fez e sei que ainda que sejam poucos existem os que com certeza concordam comigo e não são controlados, que pensam...

"Admirável gado novo"

"Vocês que fazem parte dessa massa que passam nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem à margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem já sente a ferrugem te comer
Ê, vida de gado, povo marcado, povo feliz
Lá fora faz um tempo confortável, a vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia, os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada a única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada e passam a contar o que sobrou
Ê, vida de gado, povo marcado, povo feliz
O povo foge da ignorância apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos, contemplam essa vida numa cela
Esperam nova possibilade de verem esse mundo se acabar
A arca de Noé, o dirigível não voam nem se pode flutuar"

( Zé Ramalho)

domingo, 23 de setembro de 2007

sábado, 22 de setembro de 2007

O Adeus de Clara

Em seu quarto, Clara pensava em como poderia se libertar. Já não poderia mais viver em seu mundo, onde a única pessoa que habitava era ela. As paredes começaram a sufocá-la, não havia mais oxigênio, tudo estava saturado. Antes pensava que o dia de sair e ver o mundo demoraria, mas agora chegou mais rápido do que imaginava.
Quando abriu a janela de seu quarto a luz cegara suas retinas, chegando a cair no chão tamanho era o desconforto. Entretanto, o ar puro renovara sua face, penetrando em seus pulmões e retirando toda impureza de sua alma. Recuperando-se levantou e conseguiu olhar o que desaprendeu a ver. A paisagem mudara, as flores mais vivas, os animais alegres. Ainda que fosse bom na sua mente tudo parecia estar confuso: sua presença parecia ser dispensável. Tudo estava belo, como sempre foi ou até mesmo melhor que antes. Definitivamente Clara não fizera falta.

Resolveu dar um passeio. Andou pelas calçadas cobertas de folhas de outono, apreciou a beleza da paisagem. Ainda que tudo fosse belo, em seu peito havia uma tristeza, uma mágoa que queria sufocar sua capacidade de apreciar a beleza e ver somente sua existência miserável. Vozes em sua cabeça diziam: "o seu exílio não serviu de nada, você não faz falta".
Fechou os olhos e começou a andar guiada pelo vento. Seus cabelos voavam como as folhas do chão, queria sentir por um minuto a vida. Seus pés sentiam o orvalho, sua pele os raios de sol. De repente abriu os olhos e virou-se para o caminho que percorreu. Admirada, fechou novamente os olhos e pulou dizendo: "adeus".

domingo, 2 de setembro de 2007

Poemas - Libertar do Eu Lírico

Inspiração, o turbilhão de emoções que passa pela nossa mente nos faz crer que somos uma fonte de idéias e temos que trabalhá-las. O nosso "eu-lírico", escondido atrás da máscara que usamos no dia- a- dia, acaba por ser sufocado e esquecemos de quem somos realmente...
...que somos sensíveis, que nossas emoções borbulham como um líquido quente e embriagador, que temos um coração.

Poetas, pessoas privilegiadas com o dom de escrever versos perfeitos? Não, são apenas pessoas normais que não deixaram que o mundo os endurecesse, vivendo a plenitude das suas emoções, sendo sensíveis e passando tudo isso no papel em forma de idéias...
...repentinas, fortes e atordoantes, que todos nós temos mas que as sufocamos pelo medo de parecermos fracos.

Sejamos então, por um momento o que somos. Sensivelmente humanos para que possamos aproveitar o que há de melhor em nós mesmos. Não sejamos fortes para esconder nossas fraquezas, por que o pior não é enganar os outros, mas sim a nós mesmos.