sábado, 5 de janeiro de 2008

† Misericórdia Tardia †

No calvário das emoções
Canta o coração. O desespero
Esmagando a esperança.
Como uma pomba entregue
Ao destino, caída no chão,
Sem ar, sem vida, Não há mais razão.
À companhia da sorte
Não resiste mais. Fechando
Os olhos, perdendo o ar,
A vida lhe escapa pelas mãos.

De repente, uma luz forte
Brilhando em sua direção.
Uma voz clamando ao seu favor.
Será finalmente sua salvação?
Alguém que compadecido do ser
Padecendo de dor,
Poderá salvar sua existência.
Recobrando as forças.
Da alma quase finada
Tirando ânimo, a esperança
Ressucitando. Ao olhar
Para cima vê a salvação,
Sorrindo, estendendo a mão.
Face a face com a misericórdia
Que infelizmente chegou tarde.
Chegou tarde, em vão.

†Brennah Enolah†


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